Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

Os trabalhos de plantio do arroz têm sido diretamente impactados pelas condições climáticas no Brasil. Em especial no Rio Grande do Sul, os produtores tiveram que pausar o cultivo por conta das fortes chuvas registradas recentemente no estado. Vlamir Brandalizze comenta que os orizicultores aguardam por estabilidade nas temperaturas para acelerarem o plantio. Em relação aos preços, a tendência é que os esperados ajustes cheguem durante o mês de outubro.

Em Chicago, as cotações para o trigo têm registrado valorização, com todas as posições acima dos 6 dólares/bushel. No Brasil, o movimento de compra ainda é lento. Vlamir Brandalizze projeta um cenário mais atrativo para as próximas semanas, e faz um balanço sobre a situação das lavouras brasileiras.

O mês de setembro trouxe valorização para as cotações do milho, e mais fatores de alta devem aparecer. A oferta limitada de trigo faz com que compradores recorram ao milho como alternativa, o que tem aquecido o mercado para o cereal. Vlamir Brandalizze comenta essas movimentações no setor e destaca também as compras do grão para a produção de etanol e ração.

Apesar da grande produção no Brasil, a oferta de soja no curto prazo tende a ser ajustada. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, comenta sobre o assunto e explica que muitos produtores estão guardando mercadoria para negociar a partir de janeiro. Sendo assim, a tendência é que haja crescimento nas cotações.

No último dia primeiro de outubro foi comemorado o dia internacional do café. Nós mineiros somos os “primeiros da fila” quando falamos dos motivos para comemorar. O estado é responsável por cerca de 54% da produção brasileira e 38% da produção global, contribuindo para consolidar o Brasil como o maior produtor de café do mundo.

As mudanças climáticas, com efeitos cada vez mais intensos, demandam ações para garantir a produção agrícola e a preservação dos recursos naturais. O setor agropecuário, em particular, tem se reinventado para assegurar a sustentabilidade no campo e a oferta regular de alimentos para a população. Neste cenário, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) tem implementado técnicas de convivência com a seca e apoiado os produtores rurais na adaptação a essa nova realidade.

O mês de setembro se encerrou com valorização para os preços do milho. As preocupações com a seca no Brasil e a menor fixação de mercadoria para venda foram dois dos fatores que colaboraram para que as cotações fossem pressionadas para cima. O agente autônomo de investimentos João Santaella Neto, Grafista, destaca dois pontos que podem influenciar nos preços do cereal durante o mês de outubro. O primeiro é a entrada da safra norte-americana que tem seus trabalhos de colheita intensificados. O segundo, de acordo com as projeções gráficas, é a tendência de queda pelo fato das cotações em Chicago terem atingido seu ápice.

Lançado no mercado no fim de 2023 pela empresa italiana illycaffè, o primeiro café regenerativo do mundo, o Arábica Selection Brasile Cerrado Mineiro, vai ser apresentado em Milão, na Itália, neste dia 1º de outubro, em comemoração ao Dia Internacional do Café. A viagem para a Europa, organizada pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, integra as ações da campanha “A Verdade é Rastreável”, que busca destacar a origem e a rastreabilidade do café produzido na região e aproximar cafeicultores do Cerrado a torrefações, importadores e consumidores das cidades de Milão, Florença e Roma.

O preço do leite ao produtor voltou a subir no pagamento de setembro (referente ao leite captado em agosto), influenciados por uma demanda mais robusta e, principalmente, pela maior escassez de leite no campo.

O mercado do feijão fecha o mês de setembro em calmaria e com poucos negócios registrados. Houve uma leve queda nas cotações, com preços sendo praticados na casa dos 250 reais para o feijão 8.5/9. O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, comenta que há uma tendência de crescimento no consumo do feijão carioca nas próximas semanas. O aumento dos preços do feijão preto ao consumidor favorece a migração do consumo de uma variedade para outra.

O mercado do algodão tem recebido estímulos importantes nas últimas semanas de setembro. O principal deles é o impulsionamento da economia na China, que registrou sua melhor participação nas bolsas de 2008. O país asiático é um dos maiores compradores da pluma à nível mundial. O diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA), Lício Pena, também destaca a situação dos Estados Unidos. Algumas regiões produtoras foram impactadas por furacões, o que interrompeu os trabalhos de colheita.

A senadora Tereza Cristina (PP-MS) defendeu a liberação de linhas de crédito para pecuaristas e agricultores que foram atingidos pelos incêndios. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, os prejuízos com as queimadas registradas de junho a agosto somam R$14,7 bilhões. O levantamento se refere à produção de cana-de-açúcar e bovinos de corte, além da qualidade do solo. Tereza Cristina citou que as pastagens foram destruídas pelo fogo e que algumas culturas correm o risco de não serem plantadas nesse período, em razão da falta de chuvas. HÉRICA CRISTIAN tem informações direto do Senado Federal.

Uma aprovação importante para o agronegócio brasileiro é a Lei nº 14.989/2024, que já está em vigor. Ela estabelece medidas para o enfrentamento de emergências fitossanitárias e zoossanitárias, reforçando a capacidade de resposta do país em casos de surtos de pragas e doenças que possam afetar o agro. A nova norma surgiu de um projeto da Câmara dos Deputados (PL 2.052/2024) aprovado pelo Senado com parecer favorável da senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura.

O ano de 2025 para o setor cafeeiro ainda é rodeado de incertezas. Ainda que exista a previsão de chuvas para outubro, os impactos da seca nos últimos meses ainda assustam. O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, chama a atenção para as exportações. Em setembro serão mais de 4 milhões de sacas embarcadas e a tendência é que o mês seguinte siga a mesma média. Contudo, se as perdas nas lavouras forem expressivas, fica a seguinte dúvida: o Brasil conseguirá atender a demanda de café exigida?

Os embarques das principais proteínas brasileiras (boi, frango e suíno) seguem em ritmo acelerado. Vlamir Brandalizze faz um balanço dos números embarcados e destaca que foram mais de US$2 bilhões arrecadados em divisas.

O mês de setembro registrou consumo tímido de feijão nos supermercados. Com isso, alguns varejistas colocaram promoções abaixo dos R$5 para o pacote de 1 kg. Vlamir Brandalizze comenta que essa movimentação trouxe desvalorização de R$10 a R$20 nas cotações. Alguns empacotadores também alegam que há estoques ruins em meio ao vazio de oferta.

O plantio do arroz apresenta leve atraso no Brasil, assim como em outras culturas, também pelas questões climáticas. No entanto, no Mercosul como um todo, a tendência é de crescimento na produção. Vlamir Brandalizze comenta o andamento do plantio e destaca os preços pagos ao produtor, que seguem entre R$118 e R$126 no Rio Grande do Sul, e R$130 ou mais em outras praças.

Em meio à limitação de oferta do trigo tanto no Brasil quanto no exterior, grandes volumes do cereal têm sido importados. Ao todo, cinco milhões de toneladas já foram importadas. Segundo Vlamir Brandalizze, alguns produtores brasileiros iniciaram protestos com essa movimentação, já que a entrada de mercadoria estrangeira dificulta uma valorização dos preços internos.

A próxima safra de milho do Mercosul deve registrar queda na área e na produção final. Alguns países já apontam para perdas em decorrência da cigarrinha do milho e por problemas climáticos. Vlamir Brandalizze chama a atenção para o atraso no plantio da soja que, consequentemente, deve atrasar a safrinha 2025. Sendo assim, em meio à disponibilidade limitada para o milho no próximo ano, alguns produtores já trabalham com a possibilidade de ter o sorgo como alternativa.

O calor excessivo e a falta de chuvas no Brasil seguem atrasando o início do plantio da próxima safra de soja. Enquanto isso, as cotações seguem em alta, trazendo bons prêmios ao produtor na exportação. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, comenta sobre os preços pagos na oleaginosa e destaca o bom volume de negócios registrados na última semana de setembro.