Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, os incêndios registrados em todo o país em agosto e setembro atingiram mais de 19 milhões de pessoas e provocaram um prejuízo financeiro de R$ 2 bilhões. O senador Jayme Campos (União-MT) defendeu a elaboração de um programa nacional de enfrentamento às mudanças climáticas, revisão do seguro rural e linhas de financiamentos para o setor produtivo. Já o senador Chico Rodrigues (PSB-RO) sugeriu que o governos federal e estaduais invistam em tecnologia para combater os incêndios. Ele citou a compra de turbinas e de reservatórios de água que debelaram o fogo com maior rapidez e alcance.

Segundo dados do MilkPoint Mercado, na primeira quinzena de outubro, o leite spot apresentou uma sutil retração nos preços, se estabelecendo em R$3,23 por litro – queda de R$0,03 frente aos valores da quinzena anterior, que havia se estabelecido em R$3,26 na média Brasil.

A entrada de outubro não tem sido lucrativa para o mercado do feijão. O retardo nas reposições por parte do varejo trouxe calmaria e valores inferiores nas negociações. O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, comenta sobre os negócios envolvendo o setor e destaca o 10º Fórum do Feijão, realizado em Brasília. Por lá, uma denúncia chamou a atenção: uma suposta queda da utilização de arroz e feijão nas merendas escolares pelo Brasil deixa o setor produtivo em alerta.

O mês de outubro foi aberto com novos avanços nos preços do milho. A baixa fixação de mercadoria para venda foi um dos fatores que contribuíram para a valorização. O agente autônomo de investimentos João Santaella Neto, Joãozinho Grafista, explica que a decisão tem a ver com as incertezas que envolvem a safra de verão. Estocar nesse momento pode abrir margem para vendas mais lucrativas nos próximos meses.

Apesar de alguns fatores altistas, como a disparada dos preços do petróleo e o impulsionamento das compras por parte da China, o mercado do algodão segue sem um grande impulso nas cotações. Lício Pena, diretor-executivo da AMIPA, Associação Mineira dos Produtores de Algodão, explica que um dos motivos para essa calmaria é a demanda mundial pela pluma, que ainda é tímida.

Após longa estiagem, as chuvas devem chegar nas principais regiões cafeeiras durante o mês de outubro. Essa previsão derrubou os preços do café em Nova York. O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, destaca, no entanto, que a normalidade na safra brasileira não está garantida.

Os preços do boi gordo, desde a segunda quinzena de setembro, passam por valorização semana a semana. Em São Paulo, a projeção é que a arroba possa atingir os 300 reais ainda em outubro. Vlamir Brandalizze projeta que essas cotações também vão impulsionar os valores das carnes suína e de frango.

Diferentemente do que se esperava para o começo de outubro, os preços do feijão ainda não reagiram. Vlamir Brandalizze explica que há retração nas reposições, o que não incentiva as compras por parte dos empacotadores. Sendo assim, até que haja um movimento maior de compra, a tendência é que as negociações sigam na calmaria.

É muito provável que você já tenha ouvido falar sobre alguma polêmica recente envolvendo os sites de apostas. A mais recente envolve a suspeita de que usuários do Bolsa Família estariam utilizando o benefício para apostar na internet. E o que isso tem a ver com o mercado do arroz? Vlamir Brandalizze nos explica. O uso de recursos que seriam destinados a gastos básicos do dia a dia para as chamadas “bets” tem diminuído a demanda por alimentos no varejo, trazendo calmaria para o setor arrozeiro.

O mercado do trigo segue, assim como foi em setembro, com fundamentos de alta. A safra mundial é menor que a demanda, fazendo com que todas as posições em Chicago já sejam negociadas acima dos US$ 6/bushel. No Brasil, Vlamir Brandalizze comenta sobre a safra gaúcha. Por lá, produtores têm enfrentado dificuldades com a umidade do solo. Ainda assim, o estado continua como maior produtor nacional.

O mercado internacional do milho pode ganhar novos fundamentos de alta nos próximos dias. A volta da China às compras após o feriado no país asiático e a alta do petróleo são dois fatores que devem promover valorização do cereal. No Brasil, o que mais chama a atenção é o atraso no plantio por conta do clima. Diante desse cenário, Vlamir Brandalizze projeta um 2025 com milho mais caro para os compradores brasileiros.

O começo de outubro trouxe tendência de alta para o mercado internacional da soja. A disparada do petróleo por conta dos conflitos envolvendo Líbano e Israel, pode aumentar os custos de produção para a oleaginosa. Em relação ao mercado interno, Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, projeta um mês com queda nas exportações. Isso porque os preços domésticos, nesse momento, se encontram mais vantajosos ao produtor.

A previsão de chuvas nas regiões cafeeiras do Brasil trouxe pressão de baixa para o mercado. São esperados entre 50 e 100 milímetros nos dias 10 a 18 de outubro. Joãozinho Grafista destaca que além disso, o adiamento para a entrada em vigor da lei anti desmatamento na Europa também incentiva as quedas nas cotações. Isso porque abre margem para a entrada de nova mercadoria nos estoques certificados.

A entrada de outubro trouxe consigo um movimento de valorização para as cotações do boi. O momento é de reposição e não há uma oferta de animais que atenda proporcionalmente às buscas. O leiloeiro Moacir Naves destaca o preço do bezerro, que já ultrapassa os 300 reais. De olho no futuro, Moacir chama a atenção para a criação de animais em confinamento, que tem sido prioridade entre os pecuaristas. Com isso, o investimento no garrote para carcaça, pensando no mercado futuro, pode ser lucrativo ao produtor.

Acontecerá entre os dias 11 e 24 de novembro a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29) de 2024, em Baku, capital do Azerbaijão. Serão discutidas e impostas metas a longo prazo para redução da poluição e combate à crise climática.

No dia 12 de outubro de 2024 acontece a 10ª edição da Cavalgada de Nossa Senhora Aparecida em Paracatu MG. O Paracatu Rural conversou com Nathany Rodrigues, coordenadora da cavalgada que deu detalhes de como acontecerá. Conversamos também com Yasmin Guirra apoiadora do evento que falou sobre os cuidados que os participantes devem ter durante a cavalgada.

O presidente da república assinou o Decreto nº 12.189, que endurece as sanções a pessoas que provocarem incêndios ilegais no país. Publicada em edição extra no Diário Oficial da União em 20 de setembro, a norma institui novas multas por infrações envolvendo incêndios. O início de queimadas em florestas ou outras vegetações nativas terá penalidade de R$ 10 mil por hectare ou fração; já em florestas cultivadas, de R$ 5 mil. Essas sanções não existiam e se somam ao conjunto de outras medidas que visam desincentivar e coibir os incêndios criminosos.

É considerado uma planta tóxica todo vegetal capaz de causar morte ou danos à saúde de um animal. Naturalmente as plantas tóxicas não são palatáveis, porém, o seu consumo está ligado diretamente a condições extremas como a fome e seca.

Os preços do boi seguem em recuperação no mercado brasileiro. Em São Paulo já são registrados negócios na casa dos R$270/arroba. Vlamir Brandalizze comenta sobre essa evolução e faz um balanço sobre as exportações. Destaque para o frango, que além de alcançar as 400 mil toneladas exportadas, já registra recorde nos embarques acumulados desde janeiro.

O começo de outubro deve marcar uma retomada das altas para o feijão. O giro do varejo voltará a ser maior, já que o consumidor deve voltar a fazer suas compras após o recebimento de seus respectivos salários. Sendo assim, as reposições junto aos produtores também voltarão a acontecer. Vlamir Brandalizze chama a atenção para o plantio. O clima quente às vésperas das formações de flores nos feijoeiros pode provocar queda do potencial produtivo.