Christo Nihil Praeponere

No Evangelho de hoje, Nosso Senhor nos mostra claramente que, ao contrário do que afirmam os protestantes, nós seremos julgados pela fé e também pelas obras. Lutero alegava que seríamos salvos somente pela fé e, como se não bastasse, também distorceu o conceito de fé, reduzindo essa virtude teologal a um mero sentimento de confiança. Em outras palavras, não importa se alguém edificou sua vida sobre o pecado e dele não se arrependeu; basta “ter fé”, ou pior: basta sentir que Deus está conosco e será “fiel”, ainda que nós mesmos vivamos como infiéis. Lamentavelmente, essa visão distorcida não é só uma marca da Reforma Protestante, mas uma ameaça também hoje para nós, católicos. Esta homilia foi feita no dia 2 de março de 2019, durante Missa matutina na Paróquia Cristo Rei, de Várzea Grande (MT).

Podemos entender a Quaresma como um pequeno Êxodo, não de quarenta anos, mas de quarenta dias; não por um deserto de areia e sob um sol escaldante, mas pelas securas e dificuldades do nosso egoísmo; cujo ponto de chegada não é a Terra da promissão, mas uma promessa e um prêmio ainda melhores: alcançar aquele amor santo com que seremos julgados e, pela misericórdia de Deus, postos à direita do grande e tremendo Juiz, Nosso Senhor Jesus Cristo. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 27 de fevereiro, e peçamos a Deus a graça de vivermos com ânimo sincero o jejum, a oração e esmola, para que seja o Espírito Santo, e não a carne, que nos mova e domine até a Páscoa.

Logo após receber o batismo, Cristo foi conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo. Também nós, especialmente depois que fomos agraciados com o dom da fé e com a graça dos sacramentos, somos submetidos, por misteriosa permissão divina, às tentações do inimigo de Deus. Mas por que são desse modo testados justamente aqueles que receberam da Igreja a graça divina? Por que o Espírito conduz ao deserto das provações todos aqueles que querem imitar o Salvador? É isso que Padre Paulo Ricardo nos explica nesta homilia dominical, apresentando cinco razões para as tentações.

Se quisermos saber o quanto acreditamos valer, basta olhar o preço tão baixo pelo qual nos vendemos: pecado atrás de pecado. Mas se quisermos saber o quanto realmente valemos, ainda que sejamos pobres e miseráveis, basta olhar a ternura com que Jesus e Maria nos tratam: amor atrás de amor. E se nós, pecadores, recebemos desses dois Corações puríssimos provas tão grandes de carinho e atenção, por que insistimos em trazer dentro do corpo almas mortas e mal cheirosas, em vez de ressuscitá-las por uma boa Confissão, a fim de que o Senhor e sua Mãe se alegrem de ver limpo e purificado o nosso interior? Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 25 de fevereiro, e aproveitemos estes dias para desagravar de alguma forma concreta as infidelidades com que pagamos a caridade dos Corações de Jesus e Maria.

Como tudo neste mundo, o jejum não é um fim em si, porque o que santifica não é rasgar o estômago de fome, mas o motivo e o amor com que se deixa de comer. Não jejuamos como quem faz dieta, confiando nas próprias forças e tendo em vista sentir-se melhor com a própria imagem. Tampouco jejuamos porque já somos santos, mas porque queremos vir a sê-lo, e é apenas por meio de pequenos sacrifícios que a nossa oração, transformada em vida, mais do que em palavras, se tornará eficaz e cada vez mais agradável a Deus. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 24 de fevereiro, e peçamos ao Senhor um espírito verdadeiramente penitente, que saiba aproveitar-se do jejum como um meio de agradar a Deus e desagradar-se a si, e não o contrário.

A Quaresma é um tempo propício para, em meio a nossos exercícios de penitência, nos lembrarmos de uma verdade que tem sido cada vez mais abafada e deixada de lado: não há ressurreição sem as dores da Paixão e a morte na Cruz. Esse itinerário, percorrido pelo próprio Salvador, é um caminho pelo qual todos nós, sem exceção, temos de passar, se quisermos alcançar um dia a glória eterna. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 23 de fevereiro, e entenda de que maneira podemos, no nosso dia-a-dia, associar-nos ao sacrifício do nosso Redentor.

O tempo da Quaresma, a que damos início nesta Quarta-feira de Cinzas, apóia-se em duas grandes virtudes sobrenaturais, que apontam para uma mesma finalidade: a penitência e a fé, pelas quais nos afastamos do pecado e nos aproximamos de Deus, são como que os dois “pulmões” de nossa santificação pessoal, que a Igreja, ao longo destes próximos quarenta dias, quer promover e alimentar intensamente em nossas almas. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 22 de fevereiro, para entender mais a fundo a espiritualidade quaresmal e descobrir como tirar proveito deste período de preparação para a Páscoa do Senhor.

Os discípulos finalmente voltam de viagem e, ao entrarem em casa, em Cafarnaum, se embaraçam com a pergunta do Senhor: “Que discutíeis pelo caminho?”, pois tinham debatido quem deles era o maior. O que Jesus lhes diz em seguida é não só surpreendente, mas contraintuitivo, porque não diz, repreendendo-os: “Que ninguém queira ser o primeiro”, mas, sim, exortando-os: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos”. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 21 de fevereiro, e entenda como e por que só cresce quem diminui, e só se torna grande quem se faz pequeno.

Depois de se transfigurar no alto do monte Tabor, o Senhor desce hoje da montanha e encontra uma humanidade desfigurada: um menino endemoniado, um pai quase a perder a fé de tanto desespero, uma multidão curiosa e discípulos que parecem confiar mais em si mesmos do que no poder da oração. Diante de tanta incredulidade, Jesus não pode senão desabafar: “Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos?”. Mas, logo depois, é consolado com uma prece sincera e humilde: “Senhor, eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé”. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 20 de fevereiro, e peçamos a Cristo que venha em socorro da nossa pouca fé e nos dê a graça de perseverarmos contra a incredulidade e as desesperanças da vida.

Por mais custoso que seja, o amor aos inimigos, que o Evangelho deste domingo nos apresenta, é um verdadeiro remédio para as nossas almas, pois, além de curar antigas feridas, também nos liberta do ódio que alimentamos interiormente. Deus não nos quer reféns de sentimentos destruidores, que brotam de nossa natureza decaída, mas quer nos dar a liberdade do verdadeiro amor. Nesta meditação, Padre Paulo Ricardo apresenta essa lição tão bela quanto exigente do Evangelho, vivida primeiro pelo próprio Cristo, que nos amou quando, pelo pecado, éramos inimigos seus e de sua Cruz.

O episódio da Transfiguração do Senhor, narrado no Evangelho deste sábado, é um convite que Jesus dirige a nós, e aos homens de todos os tempos, para que, já nesta terra, tenhamos pela fé a experiência daquela glória que contemplaremos por toda a eternidade no Céu. Para isso, é preciso que nos deixemos iluminar pela luz de Cristo e, num encontro pessoal, aprendamos a estar a sós com Ele em oração. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 18 de fevereiro, e descubra como progredir na fé!

O Evangelho de hoje nos revela que não há outro caminho para uma vida de verdadeira alegria e plena realização do que o caminho da renúncia e do sacrifício. É somente por meio da cruz que, morrendo para o que nos mata espiritualmente — o egoísmo e o pecado —, poderemos participar da vida abundante daquele que, feito Filho do Homem, veio ao mundo para reconciliar-nos com Deus. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 17 de fevereiro, e renuncie ao homem velho que parasita sua vida.

Quem lê o relato da profissão de fé de São Pedro pode, talvez, ficar com a impressão de que o príncipe dos Apóstolos teve um surto de “esquizofrenia” ou de “dupla personalidade”. Porque, logo depois de confessar abertamente ser Jesus o Filho de Deus, ele repreende o Senhor à parte, ao ouvir falar dos sofrimentos e da cruz que o aguardavam na mão dos judeus e dos gentios. Afinal, como é possível que, iluminado do alto, o mesmo Pedro que reconhece em Cristo o Filho do Pai por natureza é cego o bastante para não ver nele o Redentor da humanidade por sua cruz e ressurreição? Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 16 de fevereiro, e peçamos a Nosso Senhor que, firmando-nos cada vez mais na fé católica e apostólica, nos dê a graça de abraçarmos o mistério da cruz cristã e de termos os pensamentos de Deus, e não dos homens.

O Evangelho de hoje, em que lemos a cura de outro cego, nos ilumina em dois pontos principais: em primeiro lugar, recorda-nos o nosso dever de gratidão a todos aqueles que, de um modo ou de outro, contribuíram para que conhecêssemos a Jesus; em segundo, convida-nos a aprofundar nosso relacionamento com o Senhor por meio de uma vida de oração íntima, afastada da “multidão” das preocupações e distrações do mundo e centrada no silêncio do coração, onde Deus tem a sua mais doce morada. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 15 de fevereiro, e medite sobre mais esta página do Evangelho!

O fermento de Herodes e dos fariseus, do qual Cristo nos quer prevenir no Evangelho de hoje, consiste na tentação — infelizmente tão frequente em nossas igrejas — de servir a Deus, ou para conseguirmos realizar nossos desejos e projetos pessoais, ou para alimentarmos nossa vaidade e hipocrisia, obedecendo ao Senhor num moralismo vazio e puramente exterior. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 14 de fevereiro, e peçamos a Cristo que nos dê luz para enxergar o que realmente nos tem motivado a procurá-lo e a servi-lo.

Muitos hoje se perguntam: se Deus existe mesmo, por que Ele não se revela de uma vez por todas, aparecendo no céu e mostrando-se à humanidade inteira? Não seria melhor que Ele fizesse isso, em vez de se esconder e pedir simplesmente que “tenhamos fé”? E por que, afinal de contas, precisamos crer? Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 13 de fevereiro, e entenda por que Deus, que respeita a liberdade do homem, se oculta no claro-escuro da fé.

Nosso Senhor, no Evangelho deste domingo, põe diante dos nossos olhos os mesmos Mandamentos que Moisés apresentou no Antigo Testamento. Porém, agora, eles se destinam especialmente ao interior do homem, visto que não é suficiente só “não matar” ou “não cometer adultério”, se em nosso coração continuamos a odiar o próximo ou a usá-lo para o nosso próprio prazer. Sem um amor radical de benevolência, por mais que tenhamos fé, não seremos salvos; pois o Deus de amor quer gerar, com a sua graça, filhos que também amam.

Encontramo-nos neste mundo como peregrinos num deserto, como viajantes que têm necessidade de alimentar-se para seguir caminho. Esta refeição de que tanto precisamos encontra-se não somente na Eucaristia, alimento espiritual por excelência, mas também na fé e no amor, que, como diz Santo Inácio de Antioquia, são carne e o sangue de Cristo Jesus. Assista à homilia do Padre Paulo para este sábado, 11 de fevereiro, dia em que celebramos a Memória de Nossa Senhora de Lourdes, e entenda a importância de elevarmos ao longo do dia o nosso coração a Deus em atos frequentes de fé e caridade.

Ao abrir os ouvidos a um surdo, Jesus nos revela, por meio de mais um de seus milagres — parábolas vivas e visíveis — o que Ele tanto deseja fazer conosco: afastar-nos dos ruídos deste mundo passageiro para que estejamos a sós com Ele, no silêncio do nosso coração, onde poderemos ouvi-lo e tratá-lo como a um Esposo ansioso por ver seu amor correspondido.

O episódio da mulher sírio-fenícia que se reconhece como um “cachorrinho” sob a mesa do seu Senhor nos ajuda a recordar um fato muitas vezes esquecido, devido em parte à mentalidade igualitarista dos tempos modernos: Deus tem, sim, os seus eleitos, aquelas almas privilegiadas — como a Virgem Maria e tantos outros santos — às quais Ele confia os seus bens mais preciosos, a fim de que nós, indignos servos seus, também sejamos admitidos à mesa dos filhos. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 9 de fevereiro, e entenda por que Deus escolhe uns poucos para dar a muitos os seus tesouros.