Sinopse
A Cabine é uma publicação online com notícias, críticas, reportagens, artigos e outros conteúdos dedicados à música eletrónica em Portugal.N'A CABINE, por sua vez, é um podcast mensal dedicado a djs portugueses. Além de dar a conhecer a mestria de cada um dos convidados, os episódios contam a história de cada artista, procurando explicar mais sobre aqueles que põem o país a dançar.
Episódios
-
N'A CABINE #010: URZE
31/08/2018 Duração: 01h03minURZE é Alexandre Urze Afonso, jovem de 23 anos natural de Valença, em Viana do Castelo. Na realidade, tudo começou quando começou a ouvir músicas guardadas num computador do irmão mais velho, por volta do ano 2008, mas “nessa altura mal sabia o que era música eletrónica, só tinha 13 anos”. Quando descobriu o que isso era, tudo mudou, claro. “Como dj, só em 2011 é que as coisas começaram a nascer”, diz-nos. Continua por dizer que descobriu “um controlador antigo que tinha em casa”, e assim começou a “imitar os sets dos artistas que mais gostava, a tentar fazer as mesmas passagens”. No entanto, o prato do dia foi drum’n’bass durante cerca de cinco anos. Isto antes de se aventurar no mundo como URZE. Considera-se “bastante eclético”, mas adianta que prefere “um pouco mais” de tech house, d’n’b e hip-hop. “O que me atraiu para este mundo é uma pergunta para a qual não tenho resposta, mas o que me mantém é poder transmitir a minha felicidade para as pessoas na pista de dança”, conta-nos URZE. Joseph Capriati não
-
N'A CABINE #009: Diana Oliveira
01/08/2018 Duração: 02h04minNatural de Lisboa, a história de Diana Oliveira começa com viagens de comboio até à cidade invicta quando morava em Braga com os pais. Fosse para sair ou trabalhar, viajava para “conseguir estar mais perto do movimento de música que se passava há cerca de 15 anos no Porto”. Lá, conheceu o “núcleo de amigos e quando chegou a altura de entrar na faculdade, não havia dúvidas para onde iria concorrer”. Diana chegou a trabalhar na área, Comunicação Social, “mas entre 2011 e 2012, quando já dava os primeiros passos como dj”, percebeu que tinha de tomar uma decisão: “tocar até de madrugada e, no dia seguinte trabalhar na redação não estava a funcionar”. Mesmo sem o apoio da família, escolheu a música “com a convicção de fazer o que mais gosto”. A apoiá-la estava a RDZ, coletivo que ajudou a criar e do qual fala com orgulho. Isto foi pela altura em que se mudou para o Porto “há cerca de 10 anos”. A paixão por Lisboa não se apaga, mas foi a cidade portuense a “’responsável’ pelo início de carreira”. Como dj, Diana O
-
N'A CABINE #008: Tiago Sevivas
23/07/2018 Duração: 59minNatural de Boticas, a leste da cidade flaviense, foi lá que “a paixão por misturar faixas” começou. Em 2009, tornou-se residente do Kevin’s Club, o único clube botiquense, durante cerca de cinco anos. “Desde então não parei”, diz-nos, “e a ligação com os decks foi crescendo”. Como dj, Tiago Sevivas “nasceu com a fundação da Mood Collective”. No entanto, a residência no Kevin’s Club foi essencial para aprender a “conhecer o público e trabalhar em prol dele”. Isso deu-lhe “muita experiência”, como a noção de “controlar a pista de dança” sem deixar de lado os gostos pessoais. Pretende continuar a dar música ao público que sempre o acompanhou, seja através de house ou techno, mas o primeiro é “sem dúvida o género mais influente para o meu projeto”. Quer assumir “uma versatilidade distinta” em cada set, “gerando energia eficiente para guiar” os o que o ouvem. Gosta de se “entregar ao público”, de transmitir as suas “sensações”, e de procurar a sintonia: “se não existir, é como aplicar cores numa tela que acaba b
-
N'A CABINE #007: Luís Pisco
02/07/2018 Duração: 48minLuís Pisco é natural de Chaves, cidade onde vive atualmente apesar de ter passado quatro anos entre a capital e a invicta. É pelas águas flávias que, juntamente com a Mood Collective, rema o barco que sustém grande parte da cena clubbing da terra que “tem vindo a perder população ao longo dos anos, principalmente jovem”. Com os jovens a saírem da cidade para estudar, por exemplo, a Mood Collective sente dificuldades no seu trabalho. Mas Luís Pisco rejeita desistir, procurando constantemente “estender os horizontes”. Tudo começou com ele, o Tiago Sevivas e o Gonçalo Madureira – “com a ajuda de uma dezena de amigos” – a criar movimento que “conseguiu trazer uma lufada de ar fresco a uma zona cada vez mais saturada a nível musical”. Para Pisco, tudo começou com as sonoridades de Happy Mondays ou New Order por volta dos 12 anos. A aventura de dj foi aos 16, “curiosamente com a residência do espaço” pelo qual é responsável agora, o “mítico Ámiça Bar, casa com mais de 25 anos de existência”. Se no início foi o p
-
N'A CABINE #006: RLVS
31/05/2018 Duração: 01h09min@RLVS é João Relvas, dj nascido em Coimbra mas a residir em Lisboa. Ele é o sexto convidado de N’A CABINE, e marca este episódio com sonoridades negras que criam, ao longo de 70 minutos, um ambiente altamente magnético. Em 2011, começa a aventurar-se, "em casa", na mesa de mistura depois de começar a "interagir mais com o meio" quando muda para a capital. Mas o gosto pelo lado eletrónico surge antes disso, não fosse hábito dele ouvir "bandas como Depeche Mode, New Order, Cabaret Voltaire ou Kraftwerk". É designer gráfico de profissão, mas seria impossível ficar afastado da música eletrónica. Tudo dela o atrai: as "constantes mutações que sofre", "a capacidade de surpreender" ou o lado sempiterno. RLVS diz que tudo isto o leva "a uma constante pesquisa e descoberta", e por isso mantém-se atento ao que se passa pelo país "e não só". O coimbrense baseado em Lisboa não gosta de descrever a música que seleciona, até porque, apesar da predominância do techno, há outros fatores que influenciam esse momento, como
-
N'A CABINE #005: Analodjica
30/04/2018 Duração: 01h09min@Analodjica é uma das principais caras do plantel da @Fuselx, um dos nomes mais sonantes da atualidade em Portugal. No lema da editora lisboeta lê-se palavras como continuidade, qualidade e fusão. Ana Silva, também da capital, representa bem esses adjetivos, não fosse ela dj há 15 anos. Como muitos outros, Analodjica começou a tocar por "gosto" e "brincadeira". Em meados de 1997, experienciou as primeiras festas, mais precisamente de trance. "Adorava o ambiente e a ligação entre as pessoas", diz-nos, acrescentando que, pouco a pouco, apaixonou-se por novos estilos de música eletrónica "dentro das variantes do house". "No meu grupo de amigos existiam alguns djs com bastante experiência", e Analodjica afirma que nunca foi sua intenção vir a ter a responsabilidade de pôr as pessoas a dançar. A paixão pela arte, no entanto, fez com que recebesse os primeiros convites "de promotoras e clubes", levando-a até o lugar onde está hoje. A primeira casa onde mostrou os dotes foi no antigo Coconuts em Cascais. Desde en
-
N'A CABINE #004: Rekorder
31/03/2018 Duração: 01h15minQuando convidámos Rekorder para participar neste episódio, o vimaranense, agora a residir em Barcelona, não hesitou em aceitar o convite. Desde logo, Rui Pedro evidenciou um enorme à vontade para falar com A Cabine, e a sua humildade foi algo que saltou à vista. E não foi preciso dizer-nos que é uma pessoa simples, calma e "com um profundo gosto pela música"; nós percebemos logo isso. Rekorder tem origem em "Reckoning Order", um projeto de Rui Pedro que, apesar de demorar "alguns anos a arrancar", tem agora a sua ordem devidamente calculada, e já se apresentou ao público há alguns anos atrás. Como muitos outros, o dj começou por misturar música para amigos e, mesmo tendo tocado em diferentes palcos até então, isso continua a ser uma "das coisas que me dá mais prazer". Com um primeiro contacto com sonoridades "mais ambientais" como Kruder & Dorfmeister e Zero 7, Rekorder sempre utilizou a música como um refúgio para os problemas ou, "outras vezes, para exponenciar os melhores" momentos. Mais tarde, conhece n
-
N'A CABINE #003: 9T2
28/02/2018 Duração: 58minTransmitir emoções é uma das principais motivações de um dj. @9T2dj sabe disso e, ao conjugá-lo com as batidas que fazem "dançar mal se ouvem", tem um especial à vontade para ir ao encontro dos desejos do público que tem diante si. Ivo da Silva Martins deu os primeiros passos a nível profissional enquanto dj no Pitch Club, no Porto, no ano 2015, altura em que se tornou residente desse espaço à sexta-feira. Sem nunca se definir como dj de um estilo específico mas sim de música eletrónica – como este set o comprova –, 9T2 usa essa capacidade como meio para fazer vibrar os corpos que o escutam. Como se não bastasse, o portuense afirma que o seu "principal objetivo é levar às pistas de dança" o que de melhor se faz na música eletrónica, sem nunca esquecer "músicas novas em todos os sets". Isto não quer dizer que leve de antemão uma playlist preparada, “mas sim um conjunto de músicas” que façam jus ao local e à festa onde atua. "Tento sempre que haja uma ligação coesa entre as músicas", afirma 9T2, acrescenta
-
N'A CABINE #002: JAN-X
31/01/2018 Duração: 02h01sNascido na capital, JAN-X é um dj e produtor que não só nutre uma "profunda paixão pela música", mas também pela arte. Na casa dos 30, João Neves encontrou o seu heterónimo nas alcunhas de adolescente, Janeca e Janex, associadas a um dos fatores que mais o marcou durante os primeiros anos na música electrónica, o X-Club. Foi entre os 12 e os 13 anos, no entanto, que começou a conhecer este tipo de música através de um vizinho dj, mais precisamente as sonoridades house de Chicago. Sem nunca experimentar uma mesa de mistura ou entrar numa discoteca, já "a matemática envolvida era clara" para o artista. Numas férias de verão nos anos 90, o lisboeta trabalhou "para comprar um par de Technics". "Assim começou tudo", adianta, acrescentando que foi também nesses anos que começou a frequentar as emergentes raves, especialmente nas já referidas X-Club. Por essa altura deu os primeiros passos como dj, onde atuou em after-hours e matinés, por exemplo. Hoje, JAN-X vê o techno e o house como "a melhor forma de transmi
-
N'A CABINE #001: VØLTT
31/12/2017 Duração: 42minPortugal está repleto de música e surgem cada vez mais atores na cena eletrónica. De veteranos a caras novas, todos querem fazer crescer o panorama musical português. VØLTT faz parte dessa geração mais jovem que começa agora a mostrar o seu valor, e é ele quem abre as honras de N’A Cabine, podcast que terá como objetivo dar a conhecer o que de melhor se faz no nosso país. VØLTT é bracarense, tem 23 anos, e foi outrora conhecido como Norwax na cena Drum’n’Bass. Ainda que desde cedo tenha conhecido a música eletrónica, só há cerca de cinco anos é que João Barroso da Silva se aventurou na música techno, muito “porque todos os meus amigos ouviam”. Hoje, pretende dar-se “a conhecer” de modo a que as pessoas fiquem com vontade “de ouvir mais” do jovem. Segundo o próprio, gosta de representar “uma faceta mais crua e hipnótica do techno”. VØLTT define-se em três estilos: “melodias escuras e profundas”, a passar por ritmos acelerados e “o lado mais industrial”. Entre as suas influências, o dj bracarense destaca nome