Um Pulo Em Paris - Adriana Moysés E Silvano Mendes

O comentário de Silvano Mendes é sobre um caso de agressão de policiais brancos a um produtor musical negro dentro de seu próprio estúdio, na França. A violência foi filmada é possível escutar insultos racistas das autoridades contra o músico. 'Infelizmente isso é muito comum', lamenta o comentarista. Silvano explica o contexto social francês em que as investigações não levantam a hipótese de racismo e o momento em que o governo francês debate um projeto de lei sobre maior autonomia a atuação policial.

Existem poucas vagas em albergues para mulheres em Paris e no entorno. Associações estimam que 60% das que estão sem lugar para morar não conseguem abrigo de emergência para passar a noite. Prefeituras dos municípios alugam quartos em hotéis, mas não estão dando conta da demanda.

No fatídico dia, um grupo de terroristas alvejou o público que estava na casa de shows e em outros bares da região, deixando 137 mortos, 90 deles só no Bataclan. Pelo país, acontecem cerimônias em homenagem às vítimas. Silvano Mendes conversou com alguns sobreviventes: 'cinco anos depois ainda tem muita gente que está muito traumatizada'. O triste aniversário acontece em meio a uma onda de ataques na França.

Silvano Mendes comenta também que a volta às empresas e medo do transporte público vêm tumultuando o trânsito da capital francesa. Aulas foram retomadas e o trabalho remoto vem diminuindo. O presidente declarou que seria melhor manter o home office 'na medida do possível', uma orientação vaga.

A França sofreu mais um atentado terrorista, o terceiro em um intervalo de pouco mais de um mês. Dessa vez, as vítimas foram esfaqueadas em uma basílica em Nice. Entre os mortos, uma brasileira, Simone Barreto Silva. 'A descoberta dessa brasileira entre as pessoas esfaqueadas ontem acrescentou mais perplexidade a esse novo ataque terrorista islâmico.' Para o feriado de Finados, as autoridades francesas reforçaram o policiamento. O ministro do Interior disse que novos atentados são prováveis.

Por enquanto, se trata apenas de uma proposta. O anúncio veio após um professor de história e geografia ser morto decapitado dias depois de mostrar uma caricatura de Maomé aos estudantes. O assassino foi morto pela polícia e o pai de uma aluna que havia postado um vídeo ameaçando o professor e divulgando o seu número de telefone, além do endereço da escola, foi detido.

A partir da meia noite deste sábado, Paris e mais oito metrópoles da França estarão submetidas ao toque de recolher, das 21h às 6h. O decreto do governo é para conter o avanço do coronavírus no país. Os últimos dados registram 122 mortes nas últimas 24h e mais ed 30 mil novos casos. Se já não bastasse a nova onda da doença, a França foi surpreendida com mais um ataque terrorista. Em uma cidade a 38km de Paris um professor foi degolado. O agressor disse que cometeu o crime em nome de Alá.

O número de novos infectados pelo novo coronavírus não para de crescer na França. A média é de 18 mil por dia, e os hospitais têm cada vez mais pessoas internadas por esse motivo. Para evitar a superlotação do primeiro semestre, o ministro da Saúde anunciou verba suplementar de 50 milhões de euros para as unidade de saúde. E os profissionais de turismo e eventos terão 100% dos salários pagos até o fim do ano pelo governo. Silvano Mendes detalha as medidas.

Donos desses estabelecimentos, além de hotéis e boates, fizeram um panelaço. Ministro da Saúde anunciou que Paris e outras grandes cidades poderão entrar em alerta máximo para a Covid-19 se contaminações não caírem até segunda-feira, o que significaria fechar os estabelecimentos. Adriana Moysés diz que a limitação recente de horário não reduziu a frequência de clientes - nem a circulação do novo coronavírus em Paris e outras grandes cidades.

Silvano Mendes destaca o crime em frente à antiga sede do Charlie Hebdo, que deixou dois feridos. Dois suspeitos foram detidos nesta manhã e irão prestar depoimento. Um deles tem 18 anos e é do Paquistão.