Central3 Podcasts - Travessia

O virundum ipiranga às margens flácidas. Em teus seios, ó pátria amada, conseguimos conquistar um braço forte.O hino nacional brasileiro é o campeão do homofonia, ou seja: quando ouvimos a letra de uma canção e entendemos outra coisa. Pois por causa do hino, este fenômeno sonoro, no Brasil, é conhecido como Virundum. Pois os virunduns são o tema do último Travessia de 2021.Nesta edição:Chico BuarqueToquinho, Vinícius de Moraes e Maria MedalhaRoberto CarlosZé RamalhoElis ReginaDjavanBrylhoSkankO RappaRoupa Nova

Incerteza, vacilação, declínio. Estado de súbito desequilíbrio. A crise econômica, a crise social, a crise política, a crise do amor.É sobre crise e suas variadas formas o Travessia desta semana, que traz:Gal CostaCarmen MirandaVital Farias/Elba RamalhoNeguinho da Beija-FlorLuiz MelodiaCaetano Veloso e Gilberto GilChico BuarqueKarina BuhrEngenheiros do HavaíPaulinho Moska

Tem declarações de amor à natureza a puxões de orelhas sobre como os humanos não se importam com o iminente caos climático do planeta.Tem Chico Mendes, tem manifesto pelas baleias, tem a interferência do homem. Como a música brasileira fala de meio ambiente? Em clima de Conferência do Clima em Glasgow, este é o tema do Travessia desta semana, aqui na Central Três. Nesta edição:João NogueiraPaulinho da ViolaMariana AydarLenineSá & GuarabyraBeto GuedesSimoneNanamSeu JorgeRoberto Carlos

Elas marcaram história ao comer pelas beiradas das grandes gravadoras.Algumas imortalizaram o canto regional de rincões do país e que poderiam ter se perdido para sempre. Outras trouxeram a cena jovem alternativa de seu tempo. O Travessia desta semana é sobre as gravadoras independentes do Brasil, aqui na Central Três. Nesta edição:Tim Maia (Seroma)Nara Leão (Elenco)Papete (Discos Marcus Pereira)De Kalafe e a Turma (Fábrica de Discos Rozenblit)Rumo (Lira Paulistana)Sivuca e o Quinteto Uirapuru (Kuarup)Lobão (Universo Paralelo)Fernanda Porto (Trama)Arnaldo Baptista (Baratos e Afins)Antônio Adolfo (Artezanal)

Quem tem amor ausente já viveu a minha dor.A saudade dói como um barco que aos poucos descreve um arco e evita atracar no cais.E esta dor gritando no meu peito sabe de cor o rumo dos teus passos.O amor perdido, o amor distante, a saudade, a morte. A ausência - ou as ausências - são o tema do Travessia de hoje. Nesta edição:DjavanMilton CarlosAdoniran BarbosaElizeth Cardoso e Sérgio BittencourtChico Buarque e Zizi PossiAntônio MarcosNilo Amaro e Seus Cantores de Ébano Benito di PaulaJohnny HookerAdriana Calcanhoto

A primavera é a metáfora da superação, que desemboca na alegria - ou no purgatório - do verão.O outono chega para pôr as coisas no lugar, ou marcar o ambiente sinistro que antecipa o inverno. O inverno de quando tudo se acabar. O Travessia desta semana vai falar sobre as quatro estações.

Planta é como o sentimento: tem o seu momento, tem o seu lugar.Quem colhe fora do tempo não sabe o que o tempo dá.O Travessia de hoje vai afagar a terra, conhecer os desejos da terra. É a terra o tema desta edição, que traz:-Milton Nascimento e Chico Buarque-Geraldo Vandré-Marinês-Cátia de França-Cascatinha e Inhana-Almir Sater-Betinho-Renato Braz-Elino Julião e Lenine-Bezerra da Silva

Eles nem sempre fizeram apenas um sucesso, mas ficaram marcados por determinadas músicas por toda a carreira.Inspirados na expressão inglesa One Hit Wonders, o Travessia desta semana traz cantores e cantoras que fizeram um ou dois sucessos estrondosos e depois seguiram carreiras um pouco mais tímidas.

A traição tem um peso social profundo no imaginário brasileiro.Se as músicas românticas são a maior parte do cancioneiro nacional, o chifre ocupa lugar de destaque, entre o trágico e o folclórico.Traições são o tema do Travessia desta semana.

A amizade é a casa construída aos poucos e que a gente quer com beira e tribeira.Amigo também é aquele cara no bar que te atura por contar do chifre que levou, jamais superado. O conceito de amizade é abrangente e a música brasileira já falou muito dela. É sobre a amizade o Travessia desta semana.

Prepare o seu mapa astral, pois hoje o Travessia está na conjunção correta com os seus ouvidos.Tem signo, tem horóscopo, tem cartomante. A Astrologia é o tema de hoje do Travessia, a música brasileira em revista que traz:-Chico Buarque e a neta Clara cantam o amor que consta nos astros, nos signos, nos búzios.-Elis Regina relembra o que ensinou a cartomante: quando cai o rei de espadas, o de ouros e de paus, não fica nada. -Oswaldo Montenegro canta a força criadora que habita o mundo no signo de Escorpião.-Raul Seixas e Paulo Coelho falam do astrólogo que avisa mas ninguém quer ouvir.-Nana Caymmi canta a mulher de Aquário, na canção de Moacyr Luz e Aldir Blanc.-Marcelo Delacroix e a sensibilidade da Lua em Peixes, a que fez a gente chorar até em propaganda de margarina.-Wanderleia e o rockzinho ingênuo sobre o horóscopo-Agostinho dos Santos e o homem que vive paixões efêmeras porque se guia pelo horóscopo do jornal.-SATANAIRES: Daniela Mercury canta o ariano torto.-Legião Urbana e os 29 anos do retorno de Sat

Visão, audição, tato, olfato e paladar.O potencial poético de cada um dos cinco sentidos não passa despercebido na música brasileira.

Por trás da inspiração de muitas canções há um ser amado que balança o coração do poeta.Às vezes é um homem, às vezes é uma mulher. Os musos e musas da música brasileira são o tema do Travessia desta semana. Nesta edição:-Caetano Veloso e a moça linda de Ondina.-Ivan Lins fez dezenas de homenagens a sua parceira Valéria, inclusive esta, que relembra a noite em que se conheceram-A parceria de Samuel Rosa e Nando Reis quando este último lidava com o fim do relacionamento com Marisa Monte, na voz de Skank-Daniela Mercury adapta letra de Lulu Santos para homenagear a mulher Malu-Wander Wildner e a fofura de Juliana-Gilberto Gil lembra de outras mulheres, mas no final era Sandra que realmente importava-Quem é a inspiração de “Pérola Negra”, de Luis Melodia: uma amiga com quem se relacionou ou uma travesti negra assassinada?-Agnaldo Timóteo e a tragédia do ex libertário que sucumbiu à aids-Na voz de Aracy de Almeida, Noel Rosa lembra da paixão por uma operária a cada vez que o apito da fábrica de tecidos toca.

Nunca tenha medo do seu inimigo quando não é você que começa a brigar. Chora sem pudor, sempre que quiser, chora até mesmo sem precisar. Pra que se lamentar se em sua vida pode encontrar quem te ame com toda força e ardor? O Travessia de hoje vai dar conselhos pra você. Alguns dos melhores conselhos da música brasileira são o tema desta semana.

Imagine ser filho de pai ou mãe ídolo da música popular. Ouvir, viver e respirar música, ser inundado por influências, aprender todos os macetes. Muitos destes filhos aprenderam tanto que seguiram a mesma carreira do pai ou da mãe. Alguns deles até chegaram mais longe.Filho de peixe, peixinho é. E é sobre os peixinhos da música brasileira o Travessia desta semana, que traz:-Gonzaguinha, o menino que desceu o Morro de São Carlos.-Antes de o violonista Cesar Faria ser o pai de Paulinho da Viola, Paulinho da Viola era o filho do violonista Cesar Faria.-Nana Caymmi não ficou à sombra de Dorival e se tornou uma das vozes mais emocionais da música brasileira.-Maria Luiza Jobim une a herança do pai Tom à música eletrônica-Duo Gisbranco, a dupla formada por Duo Gisbranco, vai além de Egberto Gismonti. -Tim Bernardes parte da riqueza musical de Maurício Pereira para ir além. -Chico Chico e a voz quase igual da mãe Cássia Eller.-Mart’nalia uniu o samba do pai Martinho da Vila ao som da música negra americana que pegou

Ela foi enfermeira, terapeuta ocupacional e personagem importante na luta contra o eletrochoque no tratamento de doenças mentais no Brasil.Ela também foi a compositora pioneira que peitou os homens e impôs seu lugar como criadora de primeira linha de sambas-enredo. Em abril deste ano estamos comemorando o centenário de Dona Ivone Lara, a matriarca do samba. E por isso, hoje conversamos com a jornalista Mila Burns, que acaba de lançar o livro "Dona Ivone Lara - Sorriso Negro", pela editora Cobogó.

Eles têm mais de 60 anos de carreira, embalaram milhões de brasileiros de diversas gerações e formam a dupla mais famosa de nossa música. Roberto é a voz da canção romântica nacional por excelência. Já Erasmo, mais que seu parceiro, partiu do romantismo e do rock para criar uma música brasileira original toda sua. Roberto Carlos e Erasmo Carlos fazem 80 anos em 2021. É sobre a dupla o Travessia de hoje.

Entre ameaças na calada da noite e censores desprovidos de sutileza, a música brasileira viveu, para muitos, o seu auge durante a Ditadura.Da luta contra a opressão dos anos 60, ao rescaldo da derrota nos anos 70 e a expectativa do início dos 80, é sobre a Ditadura, que completa 57 anos neste primeiro de abril, o Travessia desta semana.

O lar é onde chegamos cansados depois do trabalho. Onde está o conforto junto de quem amamos. Mas pode ser também muito além disso: a abstração da ideia de país que lhe foi arrancado. O morro dos renegados na sociedade. Ou a nossa cabeça tentando esquecer os traumas. O lar e todas as suas variantes é o tema do Travessia desta semana, aqui na Central Três, que traz: Roberto Carlos e o sucesso romântico do homem que provê a amada em casaMaria Bethania e Omara Portuondo cantam a casinha idealizada na MarambaiaMartinho da Vila e o batuque seminal de João da Bahiana: animadíssimo, mas com a história de uma tensão racial nas casas de cômodo, onde moravam muitos negros no início do século 20 no Rio.Cotidiano de Chico Buarque: um casamento insosso ou o peso da Ditadura sobre o homem comum, obrigado a calar-se com a boca de feijão? Uma país também é um lar.Um triste Caetano Veloso faz do seu quarto o lugar mais frio do Rio de Janeiro.Trio de Ouro e a oração que une o lar de quem mora no morro.Guilherme Arantes e o mo

Há 50 anos, a música brasileira fervia. A MPB que se formara nos anos 60 ganhava maturidade. As raízes brasileiras se encontravam com o mundo em transformação que vinha de fora e batia de frente com a Ditadura em seu momento mais difícil. O Travessia desta semana vai falar sobre os lançamentos do ano de 1971. Um ano que acabou, mas que, ao menos na música, gostaríamos que jamais acabasse.