Sinopse
Um dia por semana, veja aqui os nossos destaques no mundo da cultura e das artes.
Episódios
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"O mundo de Amílcar Cabral": A trajectória internacional do líder africano
20/11/2024 Duração: 14minO historiador e co-organizador do livro "O Mundo de Amílcar Cabral", Victor Barros, apresentou-nos o livro que aborda as várias geografias que Amílcar Cabral percorreu; Portugal, Paris, URSS ou ainda Cuba, e como a sua luta se inseriu num contexto de revoluções no sul global. "Este livro tenta trazer para o público um conjunto de ensaios que nos dão uma visão mais alargada dos vários palcos por onde passou Amílcar Cabral", começa por explicar Victor Barros. RFI: O historiador Victor Barros acaba de publicar o livro "O Mundo de Amílcar Cabral", uma obra redigida por três coordenadores. O livro refere-se ao contexto político e social vivido por Amílcar Cabral, líder revolucionário e intelectual africano nas décadas de 50 a 70. O mundo de Amílcar Cabral foi um mundo de resistência contra o colonialismo, de procura pela soberania africana e pela justiça social, mas foi muito mais?Victor Barros: Foi muito mais, inclusive o livro que acabamos de coordenar -eu e os meus dois colegas do Instituto de História Contempo
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"Hanami" e "Manas" na selecção oficial do Festival des 3 Continents
13/11/2024 Duração: 08minDe 15 a 23 de Novembro decorre em Nantes, França, a 46a edição do Festival des 3 Continents (Festival dos Três Continentes). Um encontro que apresenta longas-metragens provenientes de África, América Latina e Ásia.A figurar na selecção oficial estão dois filmes lusófonos: “Manas” de Marianna Brennand e “Hanami” da cabo-verdiana Denise Fernandes. De 15 a 23 de Novembro decorre em Nantes, França, a 46a edição do Festival des 3 Continents (Festival dos Três Continentes). Um encontro que apresenta longas-metragens provenientes de África, América Latina e Ásia.Em entrevista à RFI, Aisha Rahim, programadora do Festival des 3 Continents, sublinha que a edição deste ano visa homenagear duas grandes figuras indianas: a actriz Shabana Azmi ao cineasta Raj Kapoor, “também conhecido Charlie Chaplin, do cinema indiano”.A figurar na selecção oficial estão dois filmes lusófonos: “Manas” de Marianna Brennand e “Hanami” da cabo-verdiana Denise Fernandes.“Hanami” de Denise Fernandes foi filmado na Ilha do Fogo, em Cabo Verde.
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4ª edição do festival DjarFogo assinala centenário de Amílcar Cabral
05/11/2024 Duração: 10minA 4ª edição do DjarFogo International Film Festival está a decorrer esta semana em Cabo Verde. O evento destaca filmes tanto do continente africano quanto da diáspora, e tem como tema "Libertação através da Cultura". Esta edição presta uma homenagem ao centenário de nascimento de Amílcar Cabral, com uma selecção de filmes que abordam temas como "resistência, identidade e a luta pela liberdade", como explica o director do festival, Guenny Pires. RFI: Como é que arrancou o festival?Genny Pires: Arrancou muito bem. Não podia ter sido da melhor forma, uma vez que tivemos actividades na Universidade de Cabo Verde, actividades também no Centro Cultural Português com a exibição do filme Mário, sobre Mário Pinto de Andrade. Tivemos uma sala cheia com estudantes e professores e vários convidados. Foi uma coisa muito linda. O festival está a decorrer da melhor forma possível, tivemos uma excelente abertura com a apresentação de um grupo, as Batuquinhas PBS, que apresentaram três temas ligados à luta de libertação e m
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A redenção de Moçambique com "As Noites Ainda Cheiram a Pólvora" de Inadelso Cossa
23/10/2024 Duração: 08minA Guerra Civil em Moçambique é um tema que tem sido alvo de um silêncio que não tem contribuído para a redenção do país.Para revelar histórias não contadas e fazer o filme "As Noites Ainda Cheiram a Pólvora" (recentemente apresentado no Festival DocLisboa), o realizador Inadelso Cossa regressou à aldeia da avó. Na aldeia, o realizador junta memórias fragmentadas da infância vivida durante a guerra civil em Moçambique, recordações dispersas que a avó se esforça por partilhar e os testemunhos de perpetrador e vítima.O documentário, marcado por um arrojado sentido estético e uma mistura entre realidade e ficção, é como a fogueira onde, com o cair da noite, se reunia toda a aldeia e se ouviam histórias. Num desafio para quebrar silêncios e reduzir novas tensões, Inadelso Cossa tira da escuridão uma parte dos fantasmas da guerra civil.
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Ana Vidigal: "Hoje sou pintora porque houve o 25 de Abril"
15/10/2024 Duração: 17minA exposição "Pour voir, ferme les yeux" [ Para ver, fecha os olhos] da artista plástica portuguesa, Ana Vidigal, está patente até ao dia 9 de Março, no Centro de Criação Contemporâneo Olivier Débre, em Tours. Em entrevista à RFI, Ana Vidigal diz que é pintora graças ao 25 de Abril, reivindica-se feminista para não ser masoquista e alerta para as constantes ameaças à democracia. RFI: Num mundo onde somos constantemente bombardeados pela informação, onde as câmaras dos telemóveis se sobrepõem ao nosso olhar. Que mensagem pretende passar com esta exposição?Ana Vidigal, artista plástica portuguesa: penso que as pessoas devem, em vez de reagir instintivamente, parar para pensar em que situação estamos a viver. Hoje em dia, aqui na Europa ou em qualquer parte do mundo.Daqui a menos de um mês, vamos assistir ao que se vai passar nos Estados Unidos, ficámos todos um pouco esperançados com esta nova candidatura. Confesso que também fiquei contente com o resultado das eleições aqui em França, porque seria, na minha opi
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Uma ode à democracia em fotografia para devolver a Revolução dos Cravos às ruas de Paris
08/10/2024 Duração: 09minEm Paris, a Revolução dos Cravos saiu à rua na recta final das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril para mostrar aos parisienses e aos visitantes de todo o Mundo não só o dia emblemático da democracia portuguesa, mas o processo revolucionário que se seguiu. Uma exposição de acesso livre permite até dia 20 de Novembro ver os momentos-chave desta revolução. "La Révolution des Œillets 25 avril 1974 : Ode à la démocratie" é uma exposição de 24 fotografias que pode ser vista na vedação da Tour de Saint Jacques, um dos monumentos mais emblemáticos de Paris, e que dá precisamente para a rue Rivoli, uma rua de comércio por excelência na capital francesa. Esta ode é guiada pela lente de três fotógrafos que estiveram em Portugal entre 1974 e 1976 Alécio de Andrade, Jean-Claude Francolon et Guy Le Querrec.Yves Leonard, historiador francês especialista na História de Portugal, é o conselheiro científico desta exposição e explicou em entrevista à RFI como foi feita a selecção destas fotografias."A selecção é um exercíci
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Baltazar Cateco ao serviço da difusão dos livros em Angola
01/10/2024 Duração: 06minNeste programa Artes , vamos apresentar o projecto "Livro Zunga", da ONG Vitoria Luami em Angola. Uma iniciativa implementada por Baltazar Cateco, que trabalha para permitir que o maior número de pessoas tenha acesso à leitura. Foi na municipalidade de Cazenga, na província de Luanda, que tudo começou. Com o seu grupo de amigos, Baltazar Cateco organizou-se para concretizar os seus planos, sem imaginar um dia que a sua associação se tornaria uma organização não governamental reconhecida pelo Estado.Baltazar Cateco : "Nunca imaginei e nunca pensei em legalizar. Nunca pensei. Eu comecei no orfanato, um orfanato onde eu normalmente organizo eventos solidários. Eu sempre realizei eventos solidários com grupo de amigos. Para que chegasse a legalizar foi porque pediram-me. Alguém que gostava de também fazer parte e queria uma documentação que mostrasse que nós estávamos organizados oficialmente. Então, nunca pensei na legalização porque não me dedico 100% só nesta organização. Foi uma evolução que eu nunca pensei.
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À descoberta do retratista moçambicano Fredy Uamusse
24/09/2024 Duração: 07minNeste programa, vamos conhecer Fredy Uamusse, um retratista moçambicano de 23 anos que sonha viver da sua arte. Além dos formatos tradicionais, Fredy Uamusse também desenha no chão, incluindo no pátio da sua própria casa. O pátio da casa de Fredy Uamusse tem sido tela para esboçar os rostos de várias personalidades, desde a figura incontornável da arte moçambicana Malangatana, a Cristiano Ronaldo que é para ele um ídolo no futebol e na forma intensa de trabalhar. O futebolista português "é uma figura internacional que inspira os jovens porque ele é determinado naquilo que faz", explica Fredy. Quanto a Malangatana, "foi alguém que representou a cultura" e o jovem artista também tem como desejo "representar Moçambique a nível internacional". O retratista também desenhou a humorista moçambicana Rebeca Cumbane e o músico moçambicano Twenty Fingers, entre outros.Fredy Uamusse frequenta o último ano do curso de artes plásticas no Instituto Superior de Artes e Cultura de Moçambique. Faz desenhos em papel, mas também
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Festival Pela Paz decorreu no Tarrafal, "num lugar de liberdade"
17/09/2024 Duração: 09minO Tarrafal assinalou no fim-de-semana passado o centenário do nascimento de Amílcar Cabral com o festival Pela Paz. "Com este festival queremos reforçar a referência do Tarrafal como um lugar de paz e símbolo de liberdade", conta-nos porta-voz do festival, Madair Feire. O curador do evento, músico, escritor e antigo ministro da cultura de Cabo Verde, Mário Lúcio Sousa, explica a sua relação com Amílcar Cabral, líder revolucionário e intelectual que lutou pela independência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau. Uma inspiração na obra, literatura e música de Mário Lúcio. "Tenho uma relação espiritual com Cabral, em dimensões que nem eu entendo bem. Vejo-o com frequência e quando escrevi o romance sobre ele, tivemos vários diálogos. O livro apareceu por acaso, mas foi Amílcar Cabral que mudou a minha vida. Um dia encontrei um poema dele, recitava-o na rua e viram em mim uma criança um pouco precoce. Ajudaram-me a ter acesso a uma educação porque os meus pais eram pobres", conta.Cabral mudou a vida de "todos os cabo-v
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Design “Made in Portugal” na rota da Semana do Design de Paris
05/09/2024 Duração: 18minEm França, arrancou esta quinta-feira a Semana do Design de Paris que conta com uma exposição dedicada ao design português. Chama-se “Made in Portugal naturally” e é uma vitrina da produção artística do sector. Neste programa, visitamos a exposição com a curadora e arquitecta de interiores Margarida Moura Simão. Há uma “casa portuguesa” na “Paris Design Week”, que arrancou a 5 de Setembro e decorre até 14 de Setembro. Nesta "casa", situada na Galerie Joseph, no bairro do Marais, há cerca de 60 peças que mostram o que é o design português de hoje, entre inovação e tradição, entre o clássico e o contemporâneo.O “showroom” chama-se “Made in Portugal naturally” e foi concebido como um apartamento, por onde se deambula entre as peças expostas. A curadora é a arquitecta de interiores Margarida Moura Simão, que nos fez uma visita guiada pelas diferentes salas e obras, desenhando um “Portugal cosmopolita” que produz “um design autoral, irreverente e sofisticado”, com um savoir-faire que alia tradição e tecnologia. Na
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Cabo-verdiana Denise Fernandes eleita melhor cineasta emergente em Festival de Locarno
28/08/2024 Duração: 11minA primeira longa metragem de Denise Fernandes valeu à realizadora cabo-verdiana o prémio de melhor cineasta emergente no Festival de cinema de Locarno que terminou a 17 de Agosto. "Hanami" tem como palco a Ilha do Fogo, no sotavento cabo-verdiano, onde Nana assiste à partida, mas também ao regresso de muitos habitantes do território, caso da sua mãe. A cineasta, nascida em Lisboa, crescida na Suíça de expressão italiana, volta a pegar em Cabo Verde, as suas raízes, para este novo filme, "Hanami", a sua primeira longa metragem.Ela começou por comentar à RFI qual a sua reacção com o galardão obtido na edição de 2024 do Festival de cinema de Locarno, na Suíça.Recebi a notícia por telefone alguns dias antes do festival terminar, mas disseram-me para não dizer mesmo a ninguém. E eu ainda estava com as actrizes do filme presentes em Locarno. Então, sabendo que eu não podia dizer a ninguém também, é quase como se não tivesse nenhuma reacção. E senti que o acontecimento se concretizou dois dias depois, quando foi pos
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Cantora guineense Eneida Marta lança música sobre Rainha dos Bijagós
21/08/2024 Duração: 10minEneida Marta é conhecida pelo seu estilo peculiar que busca casar nas suas músicas a modernidade com a ancestralidade dos povos guineenses. Dona de uma das mais belas vozes da música moderna guineense, Eneida Marta traz sempre nos seus trabalhos alguma reflexão sobre a difícil situação da maioria das crianças guineenses sem nunca descurar a canseira enfrentada pela mulher. Como a própria diz, na história moderna da Guiné-Bissau, há e houve sempre grandes mulheres que não podem ser esquecidas. Uma dessas mulheres é a Okinka Pampa, aquela que foi a única mulher a ser coroada rainha de um dos povos da Guiné-Bissau, o povo Bijagó, das ilhas do mesmo nome."Okinka foi a rainha dos Bijagós. A rainha Okinka Pampa, como muitos sabem, sucedeu ao seu pai e foi encarregue de proteger os ancestrais da ilha e ser a guardiã das suas tradições. Numa época em que o colono português se preparava para ocupar o arquipélago dos Bijagós, como parte das suas reivindicações territoriais na África", começa por recordar Eneida Marta.O
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À descoberta de Ashley Fortes no metro de Paris
13/08/2024 Duração: 10minNo último ano, a voz de Ashley Fortes tem ecoado em diferentes estações do metro de Paris, o “maior palco” da capital francesa, onde milhares de pessoas passam diariamente. Fomos conhecer a cantora com origens cabo-verdianas, que homenageia Cesária Évora e que conquistou a etiqueta “Musicien du Métro”. Estamos no “maior palco” de Paris, aquele por onde passam milhares de pessoas todos os dias. É nesta azáfama dos corredores do metro que ecoa a famosa “saudade” da “diva dos pés descalços”, cantada por uma jovem francesa, de 33 anos, com raízes cabo-verdianas.Ashley Fortes começou a cantar no metro de Paris há cerca de um ano e faz parte do grupo de 300 músicos (seleccionados entre cerca de 1.000) que conquistaram a etiqueta de “Musicien du Métro”. Uma vitrina internacional que também permite ganhar a vida e complementar o seu trabalho de professora de canto.“Eu adoro cantar no metro. Ontem, uma mulher parou e ficou uma hora a ouvir-me e disse-me ‘Você foi o meu sol neste dia’. Ver estas pessoas faz com que eu
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Reforçar a identidade africana com "Os Bantu na visão da Mafrano"
30/07/2024 Duração: 10min"Os Bantu na visão de Mafrano" é uma colecção que reúne os textos que Maurício Francisco Caetano, Mafrano, dedicou à Antropologia Cultural Bantu. A publicação da obra vem colmatar lacunas e recuperar património essencial para o melhor conhecimento da história, cultura e tradições dos povos Bantu.A riqueza da herança deixada por Mafrano, que é de particular interesse para os investigadores de áreas como a Antropologia, as Ciências Humanas ou a História, tem também o seu papel como pilar na construção da identidade africana.Grande parte destes textos, agora reunidos numa colecção editada em Portugal pela Perfil Criativo, foram publicados ao longo de décadas em diferentes jornais e publicações de Angola no tempo colonial, outros encontravam-se nas mãos de amigos e familiares.Durante mais de uma década, o jornalista e escritor angolano José Soares Caetano, filho de Mafrano, e restante família garimparam todos os locais onde suspeitavam que poderiam encontrar textos de Mafrano. Agora, publicados dois dos três volu
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Toumani Diabaté, “um ícone e uma lenda”
23/07/2024 Duração: 11minToumani Diabaté é um dos mais reconhecidos intérpretes contemporâneos da kora, considerado por muitos como o “rei da kora”, um instrumento de 21 cordas, típico da África ocidental e da cultura mandinga. Toumani Diabaté morreu, na sexta-feira, aos 58 anos, mas deixa uma herança intemporal que alia tradições ancestrais e modernidade. Para o músico guineense Nino Galissa, Toumani Diabaté é “um ícone e uma lenda”. Toumani Diabaté nasceu em 1965 numa família de contadores de histórias e de músicos e começou a tocar ainda em criança. O pai era Sidiki Diabaté, um dos intérpretes no primeiro álbum de kora gravado, o “Cordes Anciennes”, de 1970. Inspirado pelo ambiente onde cresceu e pelo instrumento de vários séculos, Toumani Diabaté tornou-se num embaixador da música africana e tocou com imensos músicos, desde outro virtuoso da kora, o maliano Ballaké Sissoko, e o cantor e guitarrista também maliano Ali Farka Touré. Também se interessou por outras sonoridades, incluindo o flamenco, o jazz, o blues, a pop e tocou com
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Terminal (O Estado do Mundo) de Inês Barahona e Miguel Fragata em Avignon
17/07/2024 Duração: 11minTerminal (O Estado do Mundo) de Inês Barahona e Miguel Fragata é o segundo espectáculo de um díptico que aborda a crise climática. A criação mostra-nos uma “grande crise” que assenta em “desigualdades” e “escolhas políticas e económicas”, num lugar de onde “não há saídas”. A peça pode ser vista até ao próximo domingo, 21 de Julho, no Festival de Avignon. Terminal (O Estado do Mundo) de Inês Barahona e Miguel Fragata é o segundo espectáculo de um díptico que aborda a crise climática. A criação mostra-nos uma “grande crise” que assenta em “desigualdades” e “escolhas políticas e económicas”, num lugar de onde “não há saídas”.“Terminal (O Estado do Mundo)” é precisamente este espaço de tensão entre, por um lado, a aceitação e a resignação e, por outro, o desejo de “mudar o mundo”, rumo a uma saída.Miguel Fragata: Quando nos decidimos lançar nesta aventura de criar, de pensar teatralmente sobre a crise climática, ficou logo muito claro que nos interessava esta dimensão do díptico. Ou seja, por um lado, de pensar
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“Os Monólogos da Vagina” discutiram sexualidade feminina em Angola
09/07/2024 Duração: 07minA quarta temporada do “Os Monólogos da Vagina” esteve em palco este fim-de-semana, na Casa das Artes de Talatona, em Luanda. O espectáculo discute e desmistifica a sexualidade feminina. A quarta temporada contou com a participação das actrizes Naed Branco, Conceição Diamante, Sunny DIlage e Yolanda Viegas. Além das convidadas especiais Carla Castro e Elsa Marques. “Os Monólogos da Vagina” é uma obra de Eve Ensler, foi adaptada para esta quarta temporada em Angola por Flávio Ferrão, que assume igualmente a pasta de direcção e encenação de mãos dadas com Flávio Ferrão e Marisa Octávio.Esta nova edição contou com “monólogos de continuação”, como explicou à RFI Marisa Octávio, ou seja, o monólogo do mesmo personagem será interpretado por várias actrizes como se fossem uma só: “Vão ter que fazer os mesmos gestos, ter o mesmo timbre da voz, estar com o mesmo adereço de cena. Vai ser só uma pessoa, mas representada por três. É uma adaptação louca do Flávio Ferrão”. A peça discute e desmistifica a sexualidade feminin
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"Pirinha" mostra que há esperança para as vítimas depois do abuso sexual infantil
03/07/2024 Duração: 12minEm Cabo Verde, o abuso sexual infantil, muitas vezes cometido por familiares ou pessoas próximas das crianças, é um flagelo que toca todos os anos centenas de menores. De forma a mostrar que este é um trauma real e que deve ser denunciado, mas que também é possível ter esperança num futuro melhor, Natasha Craveiro escreveu e realizou o filme-documentário "Pirinha". Só nos primeiros seis meses de 2024, já foram denunciados em Cabo Verde 84 crimes de abuso sexual contra crianças, muitas vezes abusos cometidos dentro das próprias famílias. Para a realizadora Natasha Craveiro trata-se apenas da ponta do icebergue, já que muitas vítimas acabam por não denunciar os seus abusadores, sendo assim necessário começar um debate nacional sobre este tipo de abusos, algo que o filme "Pirinha" quer iniciar no arquipélago."Os abusos acontecem há imenso tempo. Não é nada novo. O que nós conseguimos agora ver é apenas a ponta do icebergue. As denúncias são só os casos que se sabem, porque há toda aquela outra parte do icebergue
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Redifusão - As histórias de Cargaleiro na “aldeia dos artistas”
30/06/2024 Duração: 20minManuel Cargaleiro já tinha deixado a sua marca em Paris numa das mais conhecidas estações de metro, a Champs Elysées-Clémenceau, mas a capital francesa pediu-lhe mais. Aos 92 anos, o artista português juntou aos painéis de azulejos instalados em 1995 novas obras que são inauguradas esta segunda-feira. Nesse dia, o pintor e ceramista vai ser duplamente condecorado por Portugal e Paris. Nesta entrevista, realizada em 2017, o "mestre" recorda os tempos iniciais em Paris, quando a cidade era "uma aldeia de artistas". Esta segunda-feira, Manuel Cargaleiro vai inaugurar novos painéis na estação Champs Elysées-Clémenceau, em Paris, e depois vai receber a Medalha Grand Vermeil, a mais alta condecoração da cidade, e a Medalha de Mérito Cultural de Portugal na presença do Primeiro-Ministro português.Galardões que se juntam a outros de um artista que vive em Paris desde 1957, que conviveu com nomes precursores da arte contemporânea como Max Ernst, Hans Arp, Serge Poliakoff, Alfred Manessier, Sonia Delaunay, Zao Wou-Ki,
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Humoristas em França são "cada vez mais cuidadosos" após piada levar a demissão na rádio pública
25/06/2024 Duração: 08minO humor em França tem uma longa história e tradição, mas nos últimos meses o afastamento de um conhecido humorista, Guillaume Meurice, das antenas da rádio pública devido a uma piada sobre o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu abalou o país. Em entrevista à RFI, o humorista franco-português, Mike de Sá, diz que actualmente os humoristas são "cada vez mais cuidadosos" quando estão em palco. Berço da Declaração de Direitos do Homem de 1789, a França tem uma longa história de liberdade de expressão. Antes desta declaração, foram homens como Moliére ou Voltaire que desafiaram as convenções sociais vigentes para com ironia para chamar a atenção da sociedade para problemas importantes do seu tempo, mais tarde, já nos anos 80, humoristas como Coluche comentavam de forma simples e mordaz a vida francesa.Uma tradição de humor que passa actualmente por comentários na rádios, onde vários humoristas fazem crónicas matinais onde esmiuçam a vida política e a actualidade. Guillaume Meurice, um humorista que inter