Scot Corte

A cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC) que incide para importações de países de fora do Mercosul

Auxílio emergencial, recebimento dos salários e exportações firmes elevaram o preço do suíno em 40% na primeira quinzena de abril, recuperando a queda observada em março.

Na comparação com abril/20, considerando a média mensal de todas as categorias de bovinos machos para reposição pesquisadas pela Scot Consultoria, as cotações subiram 89,2%, enquanto, no mesmo período, o preço do boi gordo subiu 61,2%, resultando em queda de 14,8% na relação de troca para o recriador/invernista.

A oferta restrita de animais, somada à demanda aquecida e cotações firmes no mercado do boi gordo, resultou em mais uma semana de alta na reposição.

Mercado segue firme, apesar de um aumento sutil da oferta, que segue curta.

Embarques de carne bovina, suína e de aves registraram crescimentos significativos nas médias diárias embarcadas no comparativo anual.

No total (1ª, 2ª e 3ª safras), o país deverá colher 108,96 milhões de toneladas de milho na safra atual, 0,8% mais que o previsto no relatório de março para o ciclo atual e 6,2% acima do colhido na temporada passada.

Preços no Rio Grande do Sul e na região do Brasil Central iniciaram abril com altas de 8,3% e 6,9%, reflexo da oferta restrita de boiada terminada e dificuldade de originação da matéria prima.

Oferta enxuta de animais terminados vem reduzindo a oferta de sebo no mercado brasileiro, puxando os preços para cima

No atacado de carne bovina sem osso, os preços subiram 1,0% nos últimos sete dias.

Começo de mês colabora com escoamento da carne, o que se soma a oferta curta e mantem o cenário positivo para o preço do boi gordo.

Volumes embarcados e faturamento das exportações de carnes bovina, suína e de aves aumentaram no comparativo anual.

As revisões para baixo nas intenções de plantio nos Estados Unidos, em relação às projeções iniciais, deram sustentação às cotações da soja e milho na Bolsa de Chicago (CBOT) no final de março e começo de abril.

Apesar da quaresma, a alta nos preços dos ovos entre janeiro e fevereiro, após ajustes na quantidade de aves em produção alojadas, afugentou os consumidores em março e os preços caíram.

Apesar do cenário de exportações firmes, demanda interna fraca derrubou os preços do suíno.

Março termina com preços firmes e exportação de carne bovina com bom desempenho.

Início de mês e chegada do auxílio emergencial devem colaborar com o consumo doméstico, embora esse seja o ponto fraco do mercado do boi gordo atualmente.

A oferta limitada de animais vem resultando em queda nos abates de bovinos, diminuindo a oferta do produto, levando aumento de preços consecutivos em 2021.

Em Campinas SP, a referência para a saca de 60kg está em R$97,50, alta de 72,6% em relação ao mesmo período de 2020, e recorde em valor real.

Oferta restrita e exportações em rítmo melhor definem o mercado do boi gordo, que segue com o escoamento doméstico lento. Começo de mês pode ajudar nessa variável.