Endörfina Podcast Com Michel Bögli

  • Autor: Vários
  • Narrador: Vários
  • Editora: Podcast
  • Duração: 843:29:11
  • Mais informações

Informações:

Sinopse

O Endörfina podcast tem como objetivo registrar parte da história do triathlon brasileiro através de relatos dos seus próprios protagonistas. Também quero que seja um meio de promover a discussão sobre os rumos do esporte nacional, seu crescimento e evolução. Que o Endörfina seja um canal para reverberar a voz e opinião também de ciclistas, corredores e nadadores. Atletas e ex-atletas, profissionais e amadores, de pessoas que vivem o esporte, mas acima de tudo, gente interessante movida a endorfina.

Episódios

  • #313 José Graça

    03/08/2023 Duração: 03h40min

    Ele vem de uma família de comerciantes da cidade de Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Seguindo os passos de um primo, o surfe entrou muito cedo em sua vida e desde então ele sonhava em ser um surfista. Adolescente, começou a praticar o karatê e foi até a faixa preta, tendo conquistado alguns títulos como o de Campeão dos Jogos Regionais e Campeão Brasileiro no estilo wado-kai. Em 97 participou de um circuito de biathlon em sua cidade, a primeira experiência nadando e correndo. Como preparação ele usou o karatê e o surfe. No ano seguinte se mudou para São José dos Campos e entre os treinos de karatê e o surfe do final de semana, ele buscou algo novo, diferente. Começou então a correr, mas queria performar. Procurou um treinador que pouco tempo depois o incentivou a pedalar. Em 2005 ele comprou sua primeira bicicleta e se juntou a um grupo de ciclistas. No ano seguinte estreou no Troféu Brasil de Triahlon e curtiu a nova modalidade. Em 2007 e 2008 foi, respectivamente, Campeão do Troféu Brasil nas distâncias

  • #312 Ivânia Rambo

    27/07/2023 Duração: 02h22min

    Quando tinha 8 anos de idade, minha convidada caminhava 4km, indo e voltando para a escola todos os dias. Um pouco maior ela cansou da caminhada e ganhou então uma bicicleta. Na escola era craque na brincadeira de caçador e nos Jogos Municipais ela se destacava no salto em distância e na corrida. As pedaladas continuaram como meio de transporte e de passear pela cidade. Já adulta, curtia treinar na academia e corria na esteira apenas como complemento. Ao perceber que suas pernas também ficaram esteticamente mais fortes, passou a querer correr mais. Em 2017, nas duas primeiras corridas de rua que participou ela já chegou em segundo lugar. Quanto mais experiência acumulava, melhores os seus resultados. Depois da primeira maratona em 2019, quando foi a segunda mulher a cruzar a linha de chegada, ela passou a se interessar pela corrida fora do asfalto, onde encontrou sua verdadeira aptidão e paixão. É Tricampeã da Maratona do Vinho, Bicampeã da Jaraguá Sky, da Extreme Gramado e da Wine Run, Campeã da La Mission.

  • #311 Gisele Violin

    20/07/2023 Duração: 02h36min

    Minha convidada de hoje ingressou na natação quando ainda era criança, juntamente com seus dois irmãos, na escola do tio Paulão. Praticou balé clássico e começou a correr aos 14 anos de idade. Participou de um intercâmbio escolar nos EUA aos 16 e teve a experiência de correr na neve. Voltou para o Brasil, participou de algumas provas clássicas da Corpore em São Paulo e chegou a correr algumas meias maratonas. Junto com algumas amigas, formou um grupo de corrida. Eram mulheres que curtiam a corrida e que sentiam falta de produtos de maquiagem e proteção solar que atendessem à suas demandas. Essa foi a fagulha inicial para que a minha convidada decidisse empreender. Juntou-se com duas amigas corredoras e criaram a primeira marca de dermocosméticos voltados para a prática esportiva do mercado nacional. Durante algum tempo elas ainda mantiveram seus trabalhos em paralelo aos primeiros passos da sua empresa, até que optaram pelo próprio negócio. Em 2018 começou a praticar o Crossfit e hoje treina quase diaria

  • #310 Gabriela Engel

    13/07/2023 Duração: 02h10min

    Ela nasceu em Boston, enquanto seus pais, um casal de físicos brasileiros, cursavam um doutorado no Instituto de Tecnologia de Massassuchets. Quando ela tinha um ano de idade, eles retornaram ao Brasil para morar em São Carlos. Na infância ela praticou natação, fugiu do balé e do tênis. O tempo passou e após o nascimento do primeiro filho, decidiu dedicar-se  à maternidade. Em 2007 começou a correr incentivada pelo marido e chegou a participar de uma maratona. Dez anos depois, influenciada pelo grupo de amigos, passou a treinar para o triathlon. Estreou em uma prova do Circuito Capixaba e algum tempo depois participou do Capixaba de Ferro. Treinou para outras duas competições de 70.3, porém, em uma delas teve um problema respiratório e teve que abandonar e a outra foi cancelada pela pandemia. Durante o processo de preparação para essas provas, o prazer  em reunir pessoas a levou a organizar treinos simulados, que se tornaram famosos na região de Aracruz, cidade onde mora. Uma coisa levou a outra e em 2020, em

  • #309 Juliana Maciel

    06/07/2023 Duração: 01h38min

    Minha convidada é filha única e desde jovem gostava de um desafio. Na escola ela adorava as aulas de educação física e jogou futebol de salão, basquete, handebol e vôlei, modalidade que levou à sério e a fez representar alguns conhecidos clubes de São Paulo. Ela já trabalhava quando aos 17 anos parou de jogar vôlei e passou a se dedicar aos estudos e tentar uma bolsa para cursar a faculdade. Ela conseguiu e escolheu então o curso de nutrição. Em 2017 foi apresentada ao trail run e o contato com a natureza a fez curtir a modalidade e a levou a ter excelentes resultados. Uma lesão, porém, a fez experimentar o mountain bike e mais uma vez, ela se deu bem com a nova modalidade. Em 2018 ela foi campeã da Corrida de Montanha de Paranapiacaba e da da IGT Moonlight 23k, no ano seguinte foi a segunda colocada nos 35km da Ultra Paine, e este ano, venceu a Brasil Ride Bonito, uma prova de gravel com 3 dias de duração e foi também coroada três vezes como a Rocky Woman nos Rocky Mountain Games. Para ela, corpo bonito é aq

  • #308 Marjorie Barcelos

    29/06/2023 Duração: 01h59min

    Minha convidada nasceu de oito meses e foi uma criança muito energética e ativa. As aulas de educação física eram sempre as mais aguardadas. Jogou vôlei, handebol e até basquete, porém, a natação era o esporte que mais gostava de praticar. Começou a correr quando sua mãe a inscreveu em um desfile de moda e ela ouviu do organizador que se ela fosse 2kg mais magra, teria vencido. A partir dessa frase começou o seu distúrbio alimentar, a bulimia e o início de uma anorexia. A corrida surgiu como uma maneira de emagrecer rapidamente. Ela nunca mais voltou a desfilar, se curou do transtorno e acabou se viciando na corrida. A corrida para ela era uma brincadeira. Em 2014 correu sua primeira maratona, ainda de forma bastante despretenciosa e somente dois anos depois passou a levar a corrida a sério. Venceu na sua faixa etária quase todas as competições que participou. O gosto pela competição e a curiosidade em descobrir até onde poderia chegar foram aumentando. Em 2017, após obter uma boa colocação na Maratona de São

  • #307 Cacá Filippini

    22/06/2023 Duração: 02h34min

    Muito embora fosse uma criança ativa, minha convidada de hoje lutou contra a balança a sua adolescência toda, mesmo praticando judô por muitos anos. Um dia, porém, ela sofreu um golpe mal dado em sua perna, o que a fez se afastar dos tatames. Poucos anos depois ela engravidou do primeiro filho. A correria com o primogênito, os estudos e o trabalho levaram-na a esquecer a sua própria saúde e seu peso aumentou. O ano era 2002, quando ela foi convidada por alguns colegas de trabalho a participar da Maratona de Revezamento do Pão de Açúcar. Seu filho já estava com cinco anos e ela aceitou o convite. Treinava no final do expediente quando sua agenda permitia, mas ainda não estava ligada na corrida e ela foi até o fim pois havia o compromisso com a sua equipe. Ao cruzar a linha de chegada, porém, sentiu algo diferente, especial, como se fosse um marco. De lá em diante, passou a correr provas de 5k e 10k sempre que tinha a oportunidade. Anos depois, veio mais uma pausa por conta da gestação do seu segundo filho, que

  • #306 José Melchert

    15/06/2023 Duração: 02h07min

    Desde pequeno, meu convidado praticou esportes, do karatê ao basquete. Mas logo enjoava e não dava continuidade, sem sequer ter a oportunidade de evoluir em algum deles. No meio da adolescência e ainda na fase de crescimento, se encontrou na musculação e no jiu-jitsu, aonde foi até a faixa azul.  Quando tinha 18 anos de idade um acontecimento trágico iria marcá-lo para sempre. Seu pai, então com apenas 43 anos de idade, faleceu vítima de um infarto fulminante. Ao mesmo tempo em que foi uma perda imensurável, foi também um grande alerta. Ele precisava prestar atenção e cuidar da sua saúde. A meta passou a ser então, viver mais tempo que  seu pai. Numa tarde ensolarada de sábado, decidiu sair correndo pela Avenida Sumaré, perto de onde morava na cidade de São Paulo. Apesar da musculação e do jiu-jitsu, os seus 92kg e a falta de condicionamento específico significaram que a experiência da corrida foi um desastre. A ficha caiu que precisava perder peso e ganhar fôlego. Foi aí que a corrida surgiu como uma solução

  • #305 Amanda Lee

    08/06/2023 Duração: 02h45min

    Apesar de vir de uma família sem esportistas, minha convidada de hoje sempre teve o esporte como um importante pilar em sua vida. Cresceu na famosa Copacabana, jogando altinha na beira do mar, jogando futebol de areia e correndo. Praticou jiu-jitsu, handball, muay thai, boxe e balé. O esporte sempre foi uma válvula de escape e ela cresceu assim, pedalando e andando de skate em Copa. Além do esporte, desde muito jovem ela demonstrou interesse pelas artes cênicas e matriculou-se no curso de interpretação da Casa das Artes de Laranjeiras. O primeiro trabalho na TV veio na novela A Indomada (1997), como a jovem Shirley Jones. Alguns anos depois, conquistou o grande público ao interpretar a Luzia na minissérie A Casa das Sete Mulheres. De lá para cá, construiu uma carreira sólida com diversos personagens de sucesso na telinha. A vida em constante movimento se tornou o combustível para encarar a sua profissão e para aguentar as pressões da vida. Após uma pausa na carreira cuidar dos seus dois filhos, os quilos

  • #304 Norton Mello

    01/06/2023 Duração: 02h31min

    Graças ao incentivo do pai, desde a maternidade ele já se tornou um torcedor do São Paulo Futebol Clube. Aos 8 anos de idade passou num teste do seu time do coração e começou jogar. Com o futebol veio a disciplina e muitos aprendizados. Aos 17 anos de idade mudou para o Palmeiras e depois passou por alguns times. Várias lesões, algumas cirurgias e muitas dores fizeram com que ele tivesse que repensar o seus planos de carreira. O caminho natural foi estudar educação física para se tornar preparador físico de jogadores de futebol. Foi o que ele fez por alguns anos, até que cansado das exigências e intempéries do alto rendimento, decidiu que era hora de migrar para treinar não atletas. Muito bem relacionado, seus contatos o levaram a se tornar o personal trainer de gente famosa. Uma coisa leva a outra e de repente ele já tinha construído uma excelente reputação e clientela no meio artístico. Isso o alçou ao Olimpo dos personal trainers. A agenda lotada, clientes  presenciais e online em diversos países lhe confe

  • #303 Giuliana Morgen

    25/05/2023 Duração: 01h33min

    Ela vem de uma família de esportistas. Tios, avô e a mãe correram provas de rally e motocross e seu pai é ciclista. Quando criança sempre foi incentivada a praticar todo o tipo de esporte, até completar 11 anos de idade, quando focou no futebol. Passou num teste para integrar o Orlando City Soccer nos EUA, mas seus pais não concordaram com a sua ida. Bastante frustrada, ela partiu em busca de outra modalidade e aos poucos foi pegando gosto pelo mountain bike. Para a alegria dos seus pais, ela foi cada vez mais sentindo-se à vontade sobre as duas rodas. DNA e principalmente incentivo não lhe faltaram e logo ela começou a se destacar nas competições, quando tinha apenas 14 anos de idade. Começou vencendo um Pan-Americano e daí em diante ela vem somando títulos ao seu recheado currículo. Foi Tricampeã da Copa Internacional de MTB na categoria sub-19, Bicampeã Pan-Americana de XCO, Tricampeã Brasileira Juvenil, Campeã Brasileira Júnior XCO, a mais nova campeã brasileira na elite do Short Track e Campeã da Sea Ott

  • #302 Manuela Carmona

    18/05/2023 Duração: 02h09min

    Minha convidada é paulistana, filha de uma educadora física e um físico. Em 1994, aos 7 anos de idade, mudou-se com a família para Buritama, interior de São Paulo, aonde, diziam seus pais, ela e sua irmã mais nova teriam a chance de viver uma infância de verdade. Segundo ela, foi sensacional mesmo. Havia muito esporte. Queimada, taco e natação no clube da cidade. Ela adorava as aulas de educação física e se especializou no esqui aquático, praticando no rio Tietê a modalidade do slalon como ninguém. Seus pais sempre a incentivaram a conquistar o mundo e a ter sua independência financeira. Então desde pequena foi muito cobrada para estudar, performar e estar um passo a frente dos outros. No início da sua adolescência ela deu aulas de inglês para crianças em duas creches e também em uma escola. Aos 15 anos de idade decidiu voltar para estudar em São Paulo e conseguiu uma bolsa num tradicional colégio de freiras, o Santa Marcelina. Morando com os avós ela terminou o colegial e seguindo seu sonho em se tornar uma

  • #301 Luíza Cravo

    11/05/2023 Duração: 01h48min

    Sua infância passou distante dos esportes. Ela aprendeu a nadar apenas para sobrevivência, caso um dia fosse preciso. Os 45 minutos semanais de educação física da escola eram sofridos. Boa de garfo, ela foi chamada de gordinha muitas vezes até que ainda na pré-adolescência se assustou ao ver algumas fotos suas segurando o irmão recém nascido no colo. Decidiu entrar em forma usando uns antigos aparelhos de ginástica da sua mãe. Um ano depois e dez quilos mais leve, uma amiga a apresentou à corrida. Era uma atividade mais divertida, mais dinâmica e queimava as calorias que ela tanto queria. Passou a correr nas famosas areias da Praia de Icaraí, dia sim, dia não. Adorava terminar os treinos com uma água de côco geladinha e sentindo-se bem, leve e magra, o que ainda era fundamental para ela.  O que ela não previa era que aquela sensação a transformaria para sempre. Desde então, sua vida tomou um rumo que jamais havia imaginado. A corrida passou a ser orientada e ela começou a curtir a progressão do seu desempenho

  • #300 Fernanda Maciel

    04/05/2023 Duração: 02h14min

    Minha convidada é uma mineira que é prova viva da dedicação, empenho e resiliência que o esporte ao mesmo tempo que ensina, exige. A sua história de vida parece ter sido escrita para que ela se tornasse uma das melhores do mundo na corrida de montanha. Começou na ginástica olímpica, praticou capoeira e foi campeã brasileira de jiu jitsu. No começo dos anos 2000 ingressou nas corridas de aventura e descobriu o seu lugar: a natureza. Conheceu as corridas de montanha quando elas ainda eram novidade e anos depois, tornou-se referência na modalidade, dentro e fora do Brasil. Em 2008 conquistou o quarto lugar no Endurance Challenge Championship, o que a colocou no cenário mundial. Mudou-se para a Espanha para melhorar sua técnica e ganhar experiência, o que a levou a ficar em quinto lugar no Campeonato Mundial de Skyrunning. Foi vice-campeã mundial no Ultra Trail World Tour e subiu ao pódio nada menos do que 4 vezes na icônica Ultra Trail du Mont Blanc. É recordista da subida do monte Kilimanjaro, foi a primeira mu

  • #299 Alan Viana

    27/04/2023 Duração: 02h48min

    Meu convidado nasceu na Estância Turística da Barra Bonita, às margens do Rio Tietê, em 1983. Iniciou na natação aos 4 anos de idade por influência dos pais para tratar sua hiperatividade. Se tornou um nadador de alto rendimento até os 17 anos, quando já integrava o Projeto Futuro, coordenado pelo medalhista olímpico e treinador, Ricardo Prado. Parou de nadar, focou no curso de direito e no trabalho na indústria de calçados do seu pai. Apesar de ter largado o esporte competitivo, manteve-se ativo por muitos anos, até decidir se aventurar no triathlon. Participou de algumas provas regionais e nacionais, onde inclusive conheceu sua cara metade. Estava se divertindo até que um grave acidente de bicicleta rompeu o ligamento do joelho e os ligamentos do ombro. Foi uma fase complicada. Entre operações e a recuperação o processo durou quase três anos. O que mais incomodava era não poder nadar, que somado à rotina estressante do trabalho o levou a sérias crises de pânico. O esporte sempre foi seu equilíbrio emocional

  • #298 Lua Oliveira

    20/04/2023 Duração: 01h58min

    Minha convidada foi criada pela mãe e pela avó. Aprendeu a andar de bicicleta sozinha quanto tinha apenas 4 anos de idade. Desde então sua conexão com os pedais se tornou cada vez mais forte, acompanhando-a em cada fase da sua vida. Subir e descer calçadas, fazer manobras pelas ruas foram se tornando cada vez mais divertidas e conferindo a ela bastante destreza sobre a bicicleta. A construção de uma pista de bicicross em sua cidade transformou a brincadeira de criança em algo mais sério. Sua habilidade chamou a atenção de algumas pessoas que passaram a incentiva-la e apoia-la nas competições. Durante alguns anos ela competiu no BMX, até decidir migrar para o downhill e suas variações, o 4X e o dual slalon. A bicicleta se tornou então a sua profissão. Entre tantos outros títulos, ela é Pentacampeã Brasileira de downhill, conquistou um quinto lugar logo na sua estréia no mundial de 4X e também foi campeã Pan-Americana na mesma modalidade. É tricampeã da prova Escadaria de Santos e da Copa Cerro Abajo, em Santia

  • #297 Lucas Barbosa

    13/04/2023 Duração: 01h51min

    Meu convidado é filho único e teve uma criação baseada no amor, no afeto e na educação. Sua mãe foi uma mulher preocupada em lhe passar os valores nos quais acreditava para que ele se tornasse um homem de bem. As circunstâncias, porém, fizeram com que ela tirasse a própria vida quando ele ainda era uma criança. O choque da perda repentina e o trauma abalaram também seu pai e a relação entre eles se deteriorou nos anos que se seguiram. Aos 16 anos de idade ele decidiu ir morar de favor na casa de amigos. A adolescência conturbada não o desviou do seu caminho e ele continuava sonhando em vencer na vida, seguindo os aprendizados da sua mãe. Um dia, enquanto vendia balas em um farol da cidade portuária de Santos com seu jeito simpático, extrovertido e autêntico, foi surpreendido por um convite inusitado: começar a nadar. Meio ressabiado, compareceu à praia no dia marcado, ganhou de presente a sunga e os óculos e se virou para manter-se flutuando. A partir de então, sua relação com a natação foi se intensificando

  • #296 Aline Rocha

    06/04/2023 Duração: 01h58min

    O que para muitas pessoas poderia ter sido o fim, para a minha convidada , um acidente automobilístico sofrido quando tinha 15 anos de idade significou a transformação e a mudança de rumo em sua vida. A paraplegia se mostrou a oportunidade para que ela explorasse um potencial até então desconhecido e uma nova porta se abriu rumo às vitórias, pessoais e esportivas. Quatro anos após o acidente ela se tornou uma paratleta e hoje é a única brasileira ter representado o Brasil em Paralimpíadas de verão e de inverno. O acidente lhe tirou o movimento das pernas, mas o esporte lhe deu asas, e foi através das suas conquistas que ela viajou o mundo para buscar crescer, aprender, inspirar e vencer. Ela venceu nada mais, nada menos do que cinco das seis edições que participou da Corrida Internacional de São Silvestre. Já venceu as Maratonas de Porto Alegre, de Florianópolis, de São Paulo, a Meia Maratona de São Paulo, a Meia Maratona do Rio, a Volta da Pampulha e as 10 Milhas da Garoto. Participou de algumas das principa

  • #295 Giancarlo Clini

    30/03/2023 Duração: 02h06min

    Recebo aqui um amigo de quase três décadas. Mais uma pessoa que construiu sua vida e carreira em torno da bicicleta. Descendente de italianos, na sua casa comer significava ter saúde. No começo da adolescência veio o estirão, perdeu peso e viu a chegada do bicicross no Brasil. Começou a pedalar e o impacto nele foi tão grande que o levou a repetir de série três vezes na escola. Passava muitas horas do seu dia brincando com a sua Caloi Extra Light, procurando terrenos para construir rampas com os amigos, treinando manobras, rodando em estradas de terra e na pista da sua cidade. Aos 16 anos de idade deixou o BMX para saltar mais alto com o motocross por alguns anos, até  experimentar uma mountain bike de verdade. Foi paixão à primeira vista e ao lado do irmão, montou uma bike shop. Sete dias da semana ele pensava em bicicletas. Em 1994 começou a representar a marca de bicicletas Scott e dois anos depois, passou a se dedicar exclusivamente à importação. Mesmo sendo um ciclista amador que se auto denomina não com

  • #294 Renata Grabert

    23/03/2023 Duração: 02h06min

    Antes do esporte se tornar moda, minha convidada já nadava, corria e frequentava a academia, inspirada pelo pai, que era corredor velocista, médico, especialista em Educação Física e professor de Cinesiologia da USP. Muitas vezes, ainda criança, o acompanhava na pista de atletismo do Esporte Clube Pinheiros enquanto ele treinava ou ainda quando dava consultas no próprio clube. Ela brincava de dar tiros de corrida e observava curiosa os atletas passando pelas barreiras e de vez em quando ainda ouvia atenta as conversas do pai com o famoso João do Pulo. Em 1987, ao ver um cartaz do Circuito C&A de Triathlon na academia Cia Athlética, resolveu experimentar a novidade. Apesar de um tombo de bicicleta logo na sua estréia em Belo Horizonte, gostou do desafio. Durante alguns anos participou de diversas provas no interior de São Paulo, Santos e Rio. Em 1991 voltou a se dedicar à corrida de rua e participou da Maratona de Nova Iorque. Os anos foram passando, ela se casou e teve um casal de filhos. Sem nunca deixar

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