O Assunto

A cara da direita no pós-eleição

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Sinopse

No primeiro pronunciamento depois da derrota nas urnas, Jair Bolsonaro festejou seu mandato como o período no qual “a direita surgiu de verdade em nosso país”. Ex-ministros e outros colaboradores do presidente se deram bem em disputas por governos estaduais e vagas no Legislativo federal, movimento paralelo ao do avanço do Centrão. A despeito do estímulo ao golpismo e de outras potenciais encrencas com a Justiça, "Bolsonaro está muito bem posicionado” para liderar esse campo político no qual “a extrema-direita hegemonizou a direita”, afirma o filósofo Marcos Nobre, presidente do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). E conta, para isso, com o “partido digital” que o promove e destrói adversários desde 2018. Na conversa com Renata Lo Prete, o autor de “Limites da Democracia” explica de que maneira esse quadro impacta o governo eleito. Para Nobre, a estabilidade política dependerá não apenas da capacidade de Lula de entregar alguma prosperidade e ampliar a coalizão para muito além do PT. “É funda