O Assunto

O novo desenho da Câmara e do Senado

Informações:

Sinopse

No segundo de dois episódios de resenha dos resultados eleitorais, Renata Lo Prete conversa com Thomas Traumann sobre o desfecho da disputa pelas 513 cadeiras da Câmara e por 27 das 81 do Senado. Na contramão da altíssima taxa de renovação de 2018, agora foram reeleitos 287 deputados – maior número desde 1998. Em comum, afirma o jornalista e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, ambas votações impuseram ondas conservadoras no Congresso: o PL, partido de Jair Bolsonaro, terá a partir de janeiro de 2023 a maior bancada na Câmara e no Senado. Efeitos de um combo que inclui mudança na legislação eleitoral, financiamento público bilionário de campanha e a imposição do orçamento secreto – que somente este ano liberou R$ 36 bilhões em emendas. “Foi uma reação à antipolítica de 2018, e a tática deu certo”, afirma. Soma-se a isso a consolidação do bolsonarismo como força política-ideológica: “Muitos candidatos só conseguiram votos com o carimbo de Bolsonaro”. Thomas aponta que a avalanche de aliados eleitos no Senad