Fumaça

Maria Antónia Palla sobre feminismo, jornalismo de causas e o aborto [2/2] (Entrevista)

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Sinopse

Parte 2 Esta semana lançamos uma Fumaça mais longa do que é costume. Falámos com a Maria Antónia Palla, feminista emblemática, jornalista, e ativista pelos direitos das mulheres. Em 1976, Maria Antónia Palla e Antónia de Sousa, tinham uma série de programas na RTP, onde faziam reportagens sobre a situação das mulheres em Portugal. Tudo seguia o seu rumo, até ao dia em que uma das peças chocou o país. Choveram críticas, ameaças, e insultos, foi instaurado um processo crime e a série cancelada. Tinham falado de aborto. A reportagem, com o título *"Aborto não é crime"*, pôs Maria Antónia Palla no banco dos réus. Na altura, em Portugal, segundo as estimativas, praticavam-se cerca de 100 mil abortos por ano. A clandestinidade das interrupções da gravidez foi-se mantendo ao longo das décadas, bem como a luta de Maria Antónia Palla pela sua despenalização. Foi apenas em 2007, que a jornalista e ativista, nascida em 1933, viu o aborto deixar de ser crime. Durante esta conversa, que hoje lançamos excecionalmente