Fumaça

Tiago Gillot sobre precariedade (Entrevista)

Informações:

Sinopse

“(…) A minha parte do dinheiro servirá para pagar dívidas à Segurança Social. Parece-me que é um fim nobre. Não sei se é costume dedicar-se este tipo de prémios a alguém, mas vou dedicá-lo. A todos os jornalistas precários. Passado um ano da publicação destas reportagens, após quase três anos de trabalho como jornalista, continuo a não ter qualquer contrato. Não tenho rendimento fixo, nem direito a férias, nem protecção na doença nem quaisquer direitos caso venha a ter filhos. Se a minha situação fosse uma excepção, não seria grave. Mas como é generalizada – no jornalismo e em quase todas as áreas profissionais – o que está em causa é a democracia. E no caso específico do jornalismo, está em risco a liberdade de imprensa. Obrigado.” Fará 10 anos em setembro que João Pacheco, jornalista, proferiu estas palavras na cerimónia de entrega dos Prémios Gazeta 2006, os mais importantes galardões do jornalismo nacional. Tinham-lhe concedido o Gazeta Revelação, destinado a jovens jornalistas com menos de 30 anos