Fumaça

José Pereira sobre o Serviço Nacional de Saúde (Entrevista)

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Sinopse

"A «empresarialização» de hospitais constitui um vector essencial da reforma da gestão hospitalar em curso (...)” É assim que começa o segundo parágrafo da Resolução do Conselho de Ministros de 7 de Março de 2002, meses depois de António Guterres, Primeiro-Ministro do XIV governo, ter pedido a demissão. Um governo a 10 dias de novas eleições legislativas aprova, assim, uma resolução que urge tornar os hospitais públicos “mais vincadamente empresariais”. Mas será que um hospital deve ser gerido como uma empresa? Luís Filipe Pereira, Ministro da Saúde do governo seguinte, liderado por Durão Barroso, abraçou de uma maneira clara a reforma iniciada pelo seu antecessor. No mesmo ano, 31 hospitais passaram a ter o estatuto de sociedades anónimas de capitais públicos (mais tarde chamadas entidades pública empresariais (EPEs)). As EPEs continuaram a crescer nos anos seguintes, e um processo iniciado também em 2002 levou a que hoje tenhamos 4 hospitais em regime de Parcerias Público Privadas (PPPs). Ao mesmo tempo