Fumaça

Miguel Carvalho sobre a rede terrorista de extrema direita no pós-25 de Abril (Entrevista)

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Sinopse

Sábado passado assinalaram-se 42 anos sobre o 25 de novembro de 1975. Nos livros da escola, nas conversas de café, nas retóricas dos partidos do centrão, a data é apresentada como o dia em que se travou o vírus comunista em Portugal. O país dera, então, os passos decisivos a caminho da Liberdade. Chegara o tempo da “normalização democrática”, contam-nos. E se não tiver sido assim? Sabemos que as tensões vividas desde a queda formal do Estado Novo e durante todo o Processo Revolucionário em Curso (PREC) se acumularam de tal forma no Verão Quente de 1975 que há poucas dúvidas de que o país estivesse próximo de uma Guerra Civil. Nos quartéis, os militares estavam divididos. Liderando o país, os atores que tinham feito o 25 de abril e criado o Movimento das Forças Armadas não se entendiam. Cada partido político queria um Portugal diferente. Bebendo avidamente da Liberdade, as gentes permitiam-se fazer tudo o que antes só sonhavam: greves, plenários, ocupar terras, fábricas, casas. Mas as décadas de ditadura fas