O Assunto

Bolsonaro e a anatomia do golpe

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Sinopse

Na segunda-feira, o TSE respondeu aos questionamentos do Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas. As perguntas foram feitas no âmbito de uma comissão criada pelo tribunal para dar ainda mais transparência ao processo eleitoral, com as Forças Armadas chamadas a participar. “A partir desse convite, elas se empoderam. Aquela ideia de suposto ‘poder moderador' ganha materialidade e se arma uma tocaia”, avalia o jornalista Carlos Andreazza, para quem houve má-fé por parte dos militares. Em conversa com Renata Lo Prete, o colunista do Jornal O Globo e apresentador da rádio CBN diz que parte importante do golpismo surge de uma “leitura pervertida” do artigo 142 da Constituição, difundida pelo presidente a partir da célebre reunião ministerial de abril de 2020, ressoando até hoje. “O golpe está acontecendo agora e passa por essa dissolução de crença nos valores da República”, afirma Andreazza. Para ele, mais grave é o estado de golpismo permanente, “corroborado pelas Forças Armadas” onde os “pilares republica