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Ômicron: por que o mundo tem medo

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Sinopse

Em poucos dias, a nova variante do coronavírus, de origem ainda desconhecida, mas sequenciada primeiro na África do Sul, alcançou o status de “gravidade máxima”, conferido pela Organização Mundial da Saúde. “Foi a mais rápida”, observa Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo. Na conversa com Renata Lo Prete, ela explica o que levou a comunidade científica e o mercado ao estado de alerta em tempo recorde: o risco de que as mutações da ômicron saibam “escapar” da resposta imune desenvolvida por pessoas vacinadas. Nas próximas duas semanas, estima a epidemiologista, os principais laboratórios do planeta devem estabelecer o nível de eficácia dos atuais imunizantes contra a nova variante. Até lá, cabe ao governo brasileiro “ampliar o programa de testagem e de vigilância genômica”. Se for constatado que a ômicron tem mesmo grande potencial de dano, analisa o jornalista do Valor Econômico Assis Moreira, haverá mais pressão para que os países se entendam sobre a suspensão de patentes. Mesmo