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Boate Kiss: enfim caso vai a julgamento

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Sinopse

São quase nove anos desde o incêndio na casa noturna da cidade gaúcha de Santa Maria, no qual morreram 242 pessoas, a maioria estudantes universitários. A data era 27 de janeiro de 2013, mas “é como se esses meninos e meninas morressem todos os dias” desde então, afirma Daniela Arbex, autora do livro “Todo Dia a Mesma Noite - A História Não Contada da Boate Kiss”. Isso porque, até hoje, ninguém foi responsabilizado pelas irregularidades e negligências que resultaram na tragédia. “Eu percebo que a falta de Justiça dói tanto quanto a morte”, diz a jornalista, referindo-se a suas conversas com familiares e sobreviventes (estes, mais de 600, muitos com sequelas graves). Nesta quarta-feira, depois de longo e acidentado processo, um júri popular começa a decidir o destino de quatro réus - dois ligados à boate e dois à banda que se apresentava no local e deu início ao fogo. Na conversa com Renata Lo Prete, Daniela destaca a luta dos pais, sem a qual, ela acredita, o julgamento jamais aconteceria. A memória daquela