Gazeta Do Povo

Ideias #79. "Para acuendar o Pajubá": O aparelhamento ideológico do ENEM

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Sinopse

“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!” Entendeu as palavras dessa frase? Esta foi a pergunta feita na prova do ENEM realizada no domingo passado. Provavelmente ninguém entendeu, a não ser os iniciados na língua pajubá, um dialeto secreto falado por gays, travestis e drags. “Amapô” é mulher, “acuê” é dinheiro, “equê” é truque e “picumã” é cabelo. Deu para entender melhor?A pergunta servia de enunciado para a seguinte questão: Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha status de dialeto, caracterizando-se como elemento de patrimônio linguístico, especialmente por: A: ter mais de mil palavras conhecidas. B: ter palavras diferentes de uma linguagem secreta. C: ser consolidado por objetos formais de registro. D: ser utilizado por advogados em situações formais. E: ser comum em conversas no ambiente de trabalho. A resposta correta é a C: “ser consolidado por objetos formais de registro” Uma questão bastante fácil, mesmo para quem não perdeu um segundo estudando para