O Assunto

A ofensiva pela impressão do voto

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Sinopse

Há um quarto de século a urna eletrônica é usada no Brasil, sem registro de incidente grave ou fraude documentada. Agora, estimulada por Jair Bolsonaro, a Câmara analisa emenda constitucional para instituir um comprovante impresso de cada voto, com identificação do eleitor, alegadamente para permitir auditoria. Que no entanto já é permitida pelo atual sistema, lembra o advogado e professor Diogo Rais. “Em várias camadas”, ele explica. “E inclusive por terceiros”, como partidos políticos, Ministério Público e OAB. Embora enxergando espaço para aperfeiçoamentos, ele aponta mais riscos do que potenciais benefícios na PEC. O principal deles: quebra de sigilo do voto, cláusula pétrea da Constituição. Por isso, mesmo considerando a aprovação possível, dado o ambiente político, ele acredita que tal mudança seria barrada pelo Supremo. Participa também do episódio a antropóloga Isabela Kalil, estudiosa da base do bolsonarismo. Ela conta que, em redes de apoiadores do presidente, a ideia de “voto auditável” se mistura