O Assunto

A vida de Ana no covidário em Manaus

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Sinopse

Na faculdade, Ana Galdina se encantou com a infectologia por ser a especialidade que permite olhar simultaneamente para “o doente, a doença e sua inserção no ambiente”. Estudou as pandemias do passado, mas jamais imaginou as cenas que há 11 meses fazem parte de seu cotidiano na ala de pacientes graves de Covid-19 no Hospital 28 de Agosto, maior porta de entrada para atendimento na devastada capital do Amazonas. “No começo, era o medo do desconhecido”, recorda, referindo-se ao sentimento dela e de colegas diante dos sintomas e da evolução dos primeiros casos. “Hoje, nosso medo é da desassistência”. No relato de Ana Galdina, 42, a Renata Lo Prete se misturam angústia, frustração e resiliência. Em sua voz, a pressão sem trégua a que estão submetidos os profissionais da linha de frente. Na sucessão interminável de plantões, a lembrança de muitas datas se perdeu, mas de duas ela não esquece: 15 de abril de 2020, quando 21 pessoas morreram em seu turno, e 14 de janeiro de 2021, o dia em que o oxigênio acabou nas U