O Assunto

Rio Negro: a seca histórica e as vidas que dependem dele

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Sinopse

Desde que se mede o volume do rio, há mais de 120 anos, ele nunca esteve tão baixo. Resultado de uma longa e intensa escassez de chuvas em uma das regiões mais úmidas da floresta amazônica. Assim, desde o Alto Rio Negro até ele se somar ao Rio Solimões e formar o Amazonas, mais de 600 mil pessoas sofrem as consequências desta seca - além do impacto ainda imensurável na fauna e flora. Entre as comunidades afetadas, está a aldeia Açaí-Paraná, em São Gabriel da Cachoeira, onde vivem cerca de 50 indígenas da etnia Piratapuya, às margens do Rio Uaupés. Um desses indígenas é Rosivaldo Miranda, que foi agente de manejo ambiental e, durante quase 10 anos, registrou as mudanças no clima da região. Diretamente de sua comunidade, ele relatou ao Assunto como tem sido a vida daqueles que dependem do rio: “A gente fica com medo de perder o rio. E sofrer as consequências”. Natuza Nery entrevista Jochen Schongert, pesquisador da coordenação de pesquisas em dinâmica ambiental do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (In